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Equador: presidente eleito quer reduzir custo da cerimônia de posse

Com medidas, estimativa de Daniel Noboa é de que gasto com evento caia pela metade

Presidente eleito do Equador, Daniel Noboa quer reduzir custo da cerimônia de posse e cancela entrega de abotoaduras banhadas a ouro - Rodrigo Buendia / AFP

O presidente eleito do Equador, Daniel Noboa, pediu nesta segunda-feira a redução pela metade do orçamento para os eventos de sua próxima posse, nos quais os convidados receberiam abotoaduras de prata banhadas a ouro. Aos 35 anos, ele será empossado pelo Congresso em 23 de novembro, tornando-se o presidente mais jovem da história equatoriana.

"Que se trabalhe com o governo atual e se gaste menos de 50% da quantia orçada para a mudança de comando", disse em sua conta na rede social X, antigo Twitter, o empresário autoproclamado de centro-esquerda. "Dispus à equipe de transição buscar eficiência e responsabilidade", acrescentou.

Sua equipe de comunicação afirmou em comunicado que o próximo presidente do Equador "exige austeridade para a cerimônia de mudança de comando".

"Entre as sugestões de lembranças que se planejava entregar aos presentes constam desde chapéus de palha toquilla (típicos da nação e muito valorizados) com suas caixas de madeira até abotoaduras de prata 925 banhadas a ouro 14 quilates (sic)", acrescentou a nota.
 

Eles ainda mencionaram que o governo do seu antecessor Guillermo Lasso destinou um orçamento de R$ 3 milhões para os eventos de posse, e o Ministério das Relações Exteriores busca contratar uma empresa para fornecer desde a logística para receber os convidados no aeroporto até o jantar de despedida do mandatário atual.

O Equador enfrenta uma crise econômica que será agravada pelo impacto do fenômeno climático El Niño 2023-2024, que causará perdas de cerca de US$ 3 bilhões (R$ 14,8 bilhões), segundo estimativas oficiais