Após morte de bebês prematuros em Gaza, Israel monta operação para transportar incubadoras
Hospital Al-Shifa luta para manter atendimento a prematuros diante de cerco de Israel
Após de pelo menos três bebês prematuros, recém-nascidos no Hospital Al-Shifa, no norte da Faixa de Gaza, morrerem por serem retirados de suas incubadoras por falta de energia elétrica, as Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram que começaram uma operação para enviar incubadoras de hospitais de Israel para Gaza.
Nas redes sociais, Israel publicou uma foto em que mostra uma van sendo carregada com equipamentos por uma militar israelense. "Estamos fazendo tudo o que podemos para minimizar os danos aos civis, ajudar na evacuação e facilitar a transferência de suprimentos médicos e alimentos", publicou o Exército de Israel no X.
Ao todo, seis bebês e nove pacientes da unidade de terapia intensiva já morreram, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, a medida que a ofensiva terrestre israelense se intensifica.
Yusef Abu Rish, vice-ministro da Saúde do governo do Hamas, afirmou à AFP, nesta segunda-feira, que
todos os hospitais do norte da Faixa de Gaza estão "fora de serviço", diante do avanço das tropas de Israel, dos bombardeios e dos cortes de energia, provocados sobretudo pela falta de combustível para alimentar os geradores que mantêm as infraestruturas em funcionamento.
Os hospitais de Gaza, sobretudo o Al-Shifa, tornaram-se o centro das acusações trocadas por israelenses e palestinos a respeito da desumanidade da guerra. Israel acusa o Hamas de utilizar a população civil como escudo e denunciou que um centro de operações do grupo terrorista palestino foi construído abaixo do hospital.
Os palestinos, por outro lado, acusam o governo de Benjamin Netanyahu de utilizar essa narrativa como pretexto para cometer crimes contra a humanidade, atacando infraestruturas civis protegidas pelo direito internacional.