Islamistas

Grupos islamistas palestinos têm centro de comando no principal hospital de Gaza, diz EUA

O Hamas e a Jihad Islâmica "operam um núcleo de comando e controle de Al Shifa na cidade de Gaza"

John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca. - Andrew Caballero/AFP

Grupos islâmicos palestinos têm um centro de comando no subsolo do hospital Al Shifa, o maior da Faixa de Gaza, destacou a Casa Branca nesta terça-feira (14), apoiando assim a justificativa de Israel para concentrar suas ações militares nessas instalações.

O Hamas e a Jihad Islâmica “operam um núcleo de comando e controle de Al Shifa na cidade de Gaza”, indicou John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.

"Armazenaram armas ali e estão preparadas para responder a uma operação militar israelense contra essa instalação", destacou.

Os Estados Unidos se pronunciaram justamente quando aumenta a pressão sobre Israel em relação ao cerco militar no entorno de Al Shifa, onde os médicos afirmam que pacientes internados e civis que buscam refúgios no local estão impedidos de sair e em condições adversas.

O Escritório da ONU para Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês) estima que há pelo menos 2.300 pessoas trancadas no hospital em meio aos combates.

Apesar de Israel afirmar que o hospital não é seu objetivo central, o mesmo não é foco das ações das forças israelenses e seus tanques foram encontrados a poucos metros da entrada de Al Shifa.

Segundo Israel, esse centro médico é estratégico para o comando do Hamas, algo que o movimento nega.

Nesta terça, médicos do centro informaram que tiveram que enterrar bolsas de mortos em uma vala comum.

Israel prometeu destruir o Hamas em resposta ao ataque de 7 de outubro, no qual os combatentes do movimento entraram em seu território e mataram cerca de 1.200 pessoas, a maioria civis, e levaram uns 240 reféns para a Faixa de Gaza.

Por sua vez, o Ministério da Saúde do governo do Hamas, que controla a Faixa, detalhou que a resposta à agressão de Israel em seu território já causou 11.320 mortos até agora, a maioria civis, entre os quais há 4.650 crianças.