Americanas: fraude chegou a R$ 25,2 bilhões
Em 2022, o prejuízo chegou a R$ 12,9 bilhões, resultado de fraco desempenho operacional
A Americanas informou que a fraude contábil chegou a R$ 25,2 bilhões entre a verba de propaganda cooperada (VPC) fictícia, juros não contabilizados em resultado e despesas registradas como investimentos.
A crise na varejista começou em janeiro deste ano, após o ex-presidente Sergio Rial, que ficou apenas nove dias no cargo, ter anunciado inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Americanas, na Câmara dos Deputados, apontou que bilhões de reais em contratos de financiamento bancário, através do mecanismo de risco sacado (ou forfait, operação que consiste no financiamento de fornecedores pelos bancos) estavam fora do balanço ou contabilizados indevidamente.
Depois de diversos adiamentos, a Americanas informou nesta quinta-feira que o lucro líquido divulgado do exercício de 2021 de R$ 544 milhões, após os ajustes contábeis, se transformou em um prejuízo de R$ 6,2 bilhões.
Em 2022, o prejuízo chegou a R$ 12,9 bilhões, resultado de fraco desempenho operacional, elevada despesa financeira e relevantes lançamentos extraordinários.