Israel afirma que encontrou corpo de refém do Hamas perto de hospital em Gaza
O Exército identificou a vítima como Yehudit Weiss e afirmou que ela foi assassinada por terroristas
O Exército israelense anunciou nesta quinta-feira (16) que encontrou, perto do hospital Al Shifa na Cidade de Gaza, o corpo de uma mulher sequestrada pelo movimento islamista palestino Hamas em 7 de outubro.
O corpo da refém, sequestrada no kibutz Beeri, "foi retirado pelas tropas do Exército israelense de uma estrutura adjacente ao hospital Al Shifa, na Faixa de Gaza, e transportado até o território israelense", indicou a força militar em nota.
O Exército identificou a vítima como Yehudit Weiss e afirmou que ela foi "assassinada por terroristas".
"Na estrutura em que Yehudit estava também foram encontrados equipamentos militares, incluindo fuzis Kalashnikov e lança-foguetes", detalha a nota.
Trata-se da primeira refém encontrada na Faixa de Gaza desde o início da ofensiva militar lançada por Israel contra o Hamas, que governa o pequeno território palestino desde 2007.
Cerca de 240 pessoas foram capturadas em 7 de outubro no sul de Israel, em um ataque cometido por combatentes do Hamas. A incursão, lançada por terra, mar e ar, deixou 1.200 mortos, a maioria civis, segundo as autoridades israelenses.
Em resposta, Israel prometeu "aniquilar" o movimento islamista e realiza bombardeios sucessivos sobre a Faixa de Gaza. Segundo o Hamas, os bombardeios já deixaram ao menos 11.500 mortos, também civis na maioria.
Israel garante que o hospital Al Shifa, o maior da Faixa, abriga um centro estratégico e militar do Hamas. O grupo islamista nega esta acusação.
O Exército lançou na quarta-feira uma "operação seletiva" e "complexa" no centro hospitalar, situado no norte do território palestino. Os soldados israelenses estão revistando um a um os edifícios do hospital, informou um responsável do Exército nesta quinta.
Durante a intervenção no local, os soldados encontraram "imagens relacionadas aos reféns" nos computadores apreendidos, afirmou a mesma fonte.
A ONU calcula que cerca de 2.300 pessoas - pacientes, médicos e refugiados - estão nessas instalações.