Petróleo atinge menor nível desde o mês de julho
Mercado questiona a Arábia Saudita e a Rússia, que lideram a aliança Opep+, intervir para conter a queda nos preços
Os preços do petróleo continuaram a cair nesta quinta-feira (16), e o WTI chegou a perder até 5% durante o dia, impactado pelo aumento das reservas comerciais nos Estados Unidos e sinais negativos sobre a demanda mundial.
O barril negociado no mercado americano, West Texas Intermediate (WTI), para dezembro, fechou com queda de 4,90%, a 72,82 dólares, depois de atingir 72,23 dólares (-5,05%), seu nível mais baixo desde julho.
Enquanto isso, o Brent do Mar do Norte, de referência na Europa, para janeiro, perdeu 4,63%, fechando em 77,42 dólares, pouco depois de ser cotado para 76,72 dólares, também o menor patamar desde julho.
Os dois limites de referência no mundo estão sob pressão devido aos dados provenientes dos Estados Unidos, explicou à AFP Lukman Otunuga, da FXTM.
Na quarta-feira (15), o relatório que indicava um aumento nos estoques comerciais de petróleo americano e os "temores de uma desaceleração" no ritmo de crescimento da maior economia mundial já havia pressionado os preços, lembrou o analista.
O mercado também está de olho no nível de reservas do terminal de Cushing, Oklahoma, principal ponto de distribuição do WTI nos Estados Unidos, que aumentou significativamente.
“As condições de oferta ajustadas que eram esperadas não se concretizaram, conforme mostram os estoques sólidos nos Estados Unidos”, resumiu Stephen Innes, da SPI AM.
O mercado questiona a Arábia Saudita e a Rússia, que lideram a aliança Opep+, intervir para conter a queda nos preços.
A próxima reunião ministerial da Opep+ está programada para 26 de novembro em Viena.