ARGENTINA

Empatados, Milei e Massa encerram campanha presidencial argentina com motes repetitivos

Candidato da direita radical fez ato na província de Córdoba ao lado da ex-candidata presidencial Patricia Bullrich; peronista se reuniu com estudantes em escola de Buenos Aires

Os candidatos à presidência da Argentina, Sergio Massa e Javier Milei (D) - Tomas CUESTA e JUAN MABROMATA / AFP

A longa campanha presidencial argentina finalmente se encerrou nesta quinta-feira, com os dois candidatos que disputarão o segundo turno, no próximo domingo, o peronista Sergio Massa e o economista Javier Milei, do partido de direita radical A Liberdade Avança, repetindo os motes que marcaram seus discursos nos últimos meses.

O candidato da aliança entre peronistas e kirchneristas União pela Pátria se reuniu com estudantes numa escola estatal de Buenos Aires, defendeu a educação “pública e de qualidade”, e lembrou que seu adversário pretende “privatizar a educação”. Já Milei reiterou suas falas sobre a crise econômica argentina, segundo o candidato a pior da História, e pediu aos argentinos que “votem sem medo”.

— Quero pedir que neste domingo o medo não ganhe da esperança, que triunfe a esperança — afirmou o candidato da direita radical, ao lado da ex-candidata presidencial Patricia Bullrich e diante de uma multidão reunida numa das avenidas principais da capital de Córdoba.

Milei afirmou que no primeiro turno "54% dos argentinos escolheram uma opção de mudança liberal e vamos honrar esse mandato popular”. Um dia depois de sua companheira de chapa, a candidata a vice-presidente Victoria Villarruel, ter defendido a necessidade de uma "tirania" para tirar a Argentina do atoleiro em que o país está metido, Milei deu uma alfinetada no candidato peronista e no governo de Alberto Fernández:

— Queremos a tirania das maiorias, do populismo kirchnerista, ou as ideias da liberdade? — disse.
 

Cercado por estudantes do Ensino Médio, Massa declarou que “venho dizer a vocês que vamos defender e melhorar a educação pública, inclusiva e gratuita”.

— No domingo, custe o que custar, vamos ganhar — concluiu o candidato peronista.