GUERRA ISRAEL-HAMAS

Hamas publica vídeo de refém de 86 anos; família teme pela vida do homem

Arye Zalmanovich foi capturado no kibbutz Nir Oz no dia 7 de outubro, e parentes dizem que ele tem problemas de saúde

Pessoas protestam pela liberdade dos reféns sequestrados pelo Hamas - Ahmad Gharabli / AFP

O grupo terrorista Hamas publicou um vídeo de um refém de 86 anos, capturado durante o ataque do grupo contra Israel no dia 7 de outubro, e a família dele levantou questões sobre o estado de saúde dele, e mesmo se ele ainda está vivo. Não foi possível confirmar quando as imagens foram feitas, tampouco sua autenticidade.

Arye Zalmanovich, de 86 anos, foi capturado no kibbutz Nir Oz, um dos principais alvos do Hamas nos ataques do mês passado, e segundo a família ele tem problemas sérios de saúde, e precisa de cuidados médicos de maneira urgente. O vídeo, afirmam parentes, levanta sérias questões sobre o estado em que ele está sendo mantido em cativeiro. De acordo com autoridades israelenses, 237 pessoas ainda estão em poder do Hamas.

Arye Zalmanovich, de 86 anos, em vídeo divulgado pelo Hamas. Foto: Reprodução

Desde os ataques de outubro, o Hamas divulgou alguns vídeos de reféns mantidos dentro da Faixa de Gaza. No final do mês passado, Yelena Trupanov, Danielle Aloni e Rimon Kirshtque apareceram fazendo um apelo ao premier Benjamin Netanyahu pela sua libertação. No dia 9 de novembro, outros dois reféns — Hana Katzir, de 77 anos, e Hagil Yaakov, de 13 —, mantidos pela Jihad Islâmica, enviaram mensagens com críticas a Netanyahu. O grupo sinalizou que ambos seriam libertados em breve "por questões médicas".

Nos últimos dias, os militares israelenses afirmaram ter encontrado dois corpos de reféns no complexo do Hospital al-Shifa, invadido pelas forças terrestres no começo da semana. Não foi possível verificar de maneira independente a alegação.

A divulgação do novo vídeo acontece no momento em que parentes dos sequestrados fazem uma marcha rumo a Jerusalém, onde pretendem se encontrar com Benjamin Netanyahu e pressionar por uma ação que permite que todos voltem para casa o quanto antes. Desde o início da guerra, o premier tem afirmado que trazer os reféns de volta é uma prioridade, mas ele tem sido alvo de críticas por não atuar de maneira mais rápida, e até por supostamente privilegiar parentes que o apoiam politicamente em eventos e reuniões privadas.