Banco do Nordeste

BNB aloca mais de R$ 30 bilhões do FNE no fechamento do terceiro trimeste de 2023

As informações referentes ao terceiro trimestre de 2023 foram divulgadas em uma webconferência na tarde desta terça-feira (21)

BNB aloca mais de R$ 30 bilhões do FNE no fechamento do terceiro trimeste de 2023 - Divulgação BNB/Fernando Cavalcante

Na tarde desta terça-feira (21), o presidente do Banco do Nordeste (BNB), Paulo Câmara, divulgou que, de janeiro a setembro deste ano, alocou R$ 30,3 bilhões do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) em toda a área de atuação do Banco, que inclui os nove estados nordestinos e parte de Minas Gerais e Espírito Santo. 

A informação foi dada durante uma webconferência realizada pela instituição para divulgar os resultados operacionais de crédito da instituição, referentes ao fechamento do terceiro trimestre de 2023. 

O volume é o maior registrado na história do Banco para o período e representa um crescimento de 17,9% em comparação com o mesmo período de 2022 (quando somou R$ 25,7 bilhões). 

“Essas contratações representam 78% de tudo que foi projetado em termos de aplicações com FNE para o ano de 2023, deixando apenas 22% do que está projetado para o último trimestre”, afirmou Câmara.  

O FNE, administrado pelo BNB, é a principal fonte de recursos do Banco para impulsionar empreendimentos produtivos e políticas públicas. De acordo com o presidente, o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste possui diversos programas, como exemplo o FNE Verde que, com a linha FNE Sol, financia projetos de micro e minigeração distribuída de energia por fontes renováveis. 

“Mesmo seguindo uma regulamentação específica, o Banco do Nordeste tem seu protagonismo, em conjunto com a Sudene e o Ministério de Integração e Desenvolvimento Regional, na elaboração do programa anual de aplicação de recursos do fundo. Esse processo também conta com a colaboração de representantes dos setores produtivos, dos órgãos de apoio, e das entidades governamentais nos estados da área de abrangência do FNE”, destacou.

R$ 41,6 bilhões
Além dos recursos do FNE, o Banco do Nordeste realiza aplicações com outras fontes de recursos. Ao todo, as aplicações somaram R$ 41,6 bilhões no período de janeiro a setembro de 2023. Esses recursos foram contratados em mais de três milhões de operações. Na comparação com o mesmo período de 2022, houve um incremento de 16% no total contratado (R$ 35,7 bilhões).

O Crediamigo, principal programa de microcrédito orientado da América do Sul, aplicou, no período, R$ 7,4 bilhões – representando cerca de 18% de todos os recursos contratados e reforçando a missão de estimular o empreendedorismo na base da economia da Região.

Programas de microcréditos 
Entre 2020 a setembro de 2023, a instituição aplicou R$ 56,3 bilhões de recursos na área de microfinanças
. No programa de microcrédito urbano Crediamigo, foram aplicados R$ 42,6 bilhões. Já no Agroamigo, programa de microcrédito rural, foram R$ 13,8 bilhões. 

“São programas de grande impacto na inserção bancária e acesso a crédito de milhões de pequenos empreendedores informais e produtores rurais e que ao mesmo tempo geram uma margem de contribuição financeira importante para o Banco”, comentou Câmara. 

Segmentos
Os resultados de setembro destacam dois segmentos em suas contratações. Em produtos e serviços para Micro e Pequenas Empresas (MPE), comparando os nove primeiros meses de 2023 e 2022, houve aumento de R$ 3,3 bilhões para R$ 3,5 bilhões. Em projetos de infraestrutura, o aumento foi mais significativo, passando de R$ 5,8 bilhões para R$ 8,1 bilhões.

Resultados financeiros
Em relação às principais variações dos resultados financeiros e seus fundamentos, o destaque está no incremento do Patrimônio Líquido (PL) em 19,4%, passando de R$ 8,6 bilhões em setembro de 2022 para R$ 10,3 bilhões em setembro deste ano.  

O lucro líquido também cresceu, mantendo a comparação, de um ano para o outro. A alta foi de 19,1%, indo de R$ 1,3 bilhão para R$ 1,5 bilhão.

O Banco experimentou no período uma melhora em sua eficiência operacional, que é mensurada por um indicador que quanto menor, melhor. Caiu de 53% para 50,8%. O resultado foi alcançado em razão da elevação das suas margens de negócios em patamares superiores ao crescimento das despesas administrativas.

BNB no financiamento de estrutura verde 
Segundo Paulo Câmara, o Banco é o maior financiador da transição energética da região Nordeste e realiza operações para esse segmento desde 2017, principalmente com incentivo à matriz eólica. 

De 2018 a 2023, o BNB realizou a contratação de R$ 32,4 bilhões para geração de energia verde, e R$ 22,3 bilhões para as demais matrizes. 

Perspectivas para 2024 
Durante o encontro, Câmara afirmou que a expectativa do Banco para 2024 é positiva e destacou que a instituição está finalizando 2023 com resultados importantes. Segundo as previsões, o Banco deve ter um crescimento econômico de 3% este ano

“Para 2024, os analistas econômicos colocam um crescimento constante ao longo de todos os trimestres, ou seja, todos os trimestres a expectativa é que haja um crescimento. Isso cria uma estabilidade econômica importante”, acrescentou.