Exército israelense leva imprensa para ver túneis sob hospital de Gaza; confira imagens
A equipe da AFP estava entre os cerca de vinte jornalistas convidados a visitar o local ao amanhecer
O Exército israelense levou jornalistas, nesta quarta-feira (22), para ver o que restou do enorme complexo do hospital Al Shifa, em Gaza, destruído pelos bombardeios, onde mostrou o que apresentou como uma rede de túneis do Hamas.
O complexo médico foi o foco de várias semanas de combate, pois o Exército israelense confirmou que o movimento islâmico continha armas e tinha um centro de comando lá, o que o Hamas sempre negou.
A equipe da AFP estava entre os cerca de vinte jornalistas convidados a visitar o local ao amanhecer. As fotos, vídeos e entrevistas publicadas foram todos os sujeitos à revisão do Exército israelense.
Fios elétricos visíveis, uma paisagem urbana em ruínas, vidros destruídos. Alguns metros abaixo do solo, um túnel estreito.
“É muito longo”, afirmou o coronel Elad Tsury, comandante da 7ª brigada. "Este túnel vai da cidade até o hospital", garantiu, levando os jornalistas para uma pequena cozinha com uma pia, banheiros e um quarto com duas camas de metal e ventilação.
Quando querem se proteger, os combatentes do Hamas “descem, usam os hospitais como escudos humanos e podem ficar lá por muito tempo”, acrescentou o militar.
Mas os jornalistas não puderam visitar o resto da instalação. Eles só viram um depósito de armas, munições e explosivos expostos pelo exército e que, segundo este, foram entregues ao Hamas.
Uma visita foi organizada enquanto Israel e o Hamas anunciavam um acordo que previa a liberação de 50 reféns retidos na Faixa de Gaza em troca de 150 palestinos detidos nas prisões israelenses, e uma trégua de quatro dias no território palestino.
A guerra entre Israel e o Hamas começou em 7 de outubro, devido ao ataque sem precedentes do movimento palestino em solo israelense a partir de Gaza.
Segundo as autoridades israelenses, pelo menos 1.200 pessoas morreram, na maioria civis, e cerca de 240 foram feitas reféns em Gaza. Em resposta, Israel jurou “aniquilar” o Hamas e iniciou um bombardeio incessante na Faixa de Gaza. O Exército israelense também realizou uma ofensiva terrestre nesse território desde o final de outubro.
Segundo o governo do Hamas, mais de 14.000 pessoas morreram nos bombardeios israelenses na Faixa de Gaza desde o início da guerra, incluindo mais de 5.800 menores.