guerra no oriente médio

Israel acusa Hamas de separar mães e filhos no 4º dia de troca de reféns por presos

Mediadores do Egito e do Catar tentam evitar atrasos ou quebra de compromisso na última transferência de prisioneiros acordada e

50 reféns israelenses serão devolvidos a Israel em troca de 150 prisioneiros palestinos - Exército de Israel / AFP

A troca de reféns por prisioneiros entre Hamas e Israel se viu diante de um impasse, nesta segunda-feira (27), após os dois lados lançarem questionamentos sobre a libertação de reféns e presos na transferência que concluiria a primeira etapa do acordo entre os inimigos. Israel acusou o Hamas de separar mães e filhos no processo de entrega dos cativos, enquanto o grupo terrorista cobra o governo israelense a seguir um critério de antiguidade ao soltar os presos palestinos.

Mediadores do Catar e do Egito entraram em ação para evitar que as divergências entre Israel e Hamas atrasem a última entrega prevista no acordo inicial (que previa quatro dias sem conflito para a troca de 50 reféns israelenses por 150 presos palestinos) e impeçam uma extensão da trégua, que autoridades mais otimistas esperam que evolua para um cessar-fogo permanente, algo que Israel nega a possibilidade. Desde sexta-feira, 39 reféns de israelenses, além de 19 estrangeiros, e 117 presos palestinos foram libertados devido ao acordo.

Fontes do governo egípcio afirmaram que Israel contestou a lista enviada pelo Hamas, informando o nome dos reféns que seriam libertados nesta segunda-feira. Segundo as autoridades, mencionadas pelo jornal americano The Wall Street Journal, a negativa à lista seria que a lista com 11 nomes incluiria, em sua maioria, crianças desacompanhadas das mães, que também teriam sido sequestradas. O Hamas, por sua vez, diz não estar com todos os membros das famílias indicadas por Israel.