PGR

Indicado por Lula à PGR, Gonet diz que recebe indicação com "honra e responsabilidade"

Senado precisa dar aval ao nome do subprocurador-geral

Paulo Gustavo Gonet Branco foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Procuradoria-Geral da República (PGR) - Alejandro Zambrana/Secom/TSE

O subprocurador-geral da República Paulo Gonet, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Procuradoria-Geral da República (PGR), afirmou que recebe a indicação com "honra e responsabilidade" e espera ter a confiança dos senadores, que precisarão aprovar seu nome.

— Fui recebido agora e indicado pelo presidente Lula, muito para a minha honra e responsabilidade. Agradeço a confiança do Presidente e espero contar agora com a confiança também dos Senadores da República.

Nos últimos dias, a disputa pelo comando da PGR havia se afunilado entre Gonet, que contou com o apoio dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, e de Antônio Carlos Bigonha, que também é subprocurador-geral e era respaldado por alas do PT e pessoas do entorno de Lula.

Em conversas reservadas, Lula afirmava considerar que a função é fundamental e que o momento é de reconstrução de pontes com o Ministério Público, relação que ficou abalada nos últimos anos com investigações que miraram administrações petistas.

Além de Gonet e Bigonha, que desde antes do término do mandato de Augusto Aras, em setembro, eram anunciados como favoritos, entraram no páreo nas últimas semanas os subprocuradores-gerais Aurélio Rios e Luiz Augusto Santos Lima. Os novos nomes, porém, não chegaram a empolgar o presidente.

Sem lista tríplice
Pela primeira vez em suas administrações, Lula ignorou a lista tríplice elaborada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). Em seus dois mandatos anteriores, o petista escolheu os primeiros colocados na votação interna para o cargo, Cláudio Fontelles e Antônio Fernando Souza. Desta vez, os três nomes que integravam a lista eram os subprocuradores-gerais Luiza Frischeisen, Mario Bonsaglia e José Adonis Callou.