Lula elogia atuação do Catar na mediação de acordo entre Israel e Hamas
Presidente brasileiro ainda afirmou que o país é um "ator diplomático relevante"
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (30) que o Catar é um "ator diplomático relevante" e elogiou a atuação do país na mediação do acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas que viabilizou ajuda humanitária para a Faixa de Gaza e a libertação de reféns.
Lula deu as declarações durante e abertura do Fórum Econômico Brasil – Catar: Oportunidades e Negócios, em Doha.
"Quero saudar a mediação do Catar para o acordo anunciado há poucos dias entre Israel e o Hamas, que envolve a libertação de reféns (mulheres e crianças) em troca de uma trégua temporária e da libertação de prisioneiros palestinos (mulheres e crianças)" afirmou Lula.
O presidente afirmou ainda que o país tem um perfil ativo e independente na política externa e que tem sido um "interlocutor-chave" em diversos temas de "amplitude regional e global".
"O Catar é um ator diplomático relevante graças a sua política externa de perfil ativo e independente. É um interlocutor-chave em vários temas de amplitude regional e global. Neste momento, em que a guerra volta a assolar o Oriente Médio, o Catar volta a desempenhar papel central em prol da paz no conflito Israel-Palestina."
O acordo viabilizou a libertação de dezenas de reféns capturados em 7 de outubro, de cerca de 200 palestinos presos em Israel, além da entrega de ajuda humanitária à população da Faixa de Gaza.
Nessa quarta-feira (29), mais dez reféns israelenses, duas russas-israelenses e quatro tailandeses foram libertos pelo Hamas, e 30 palestinos deixaram o cárcere em Israel, e retornaram para a Cisjordânia.
O acordo está em vigor desde a sexta-feira passada, mas há um impasse para a nova extensão das pausas nos combates. Em declarações feitas à AFP, uma fonte do Hamas disse que, até o momento, o grupo considerou as propostas israelenses para uma nova extensão do cessar-fogo "insatisfatórias" e o governo de Benjamin Netanyahu tem declarado, de forma recorrente, que retomará "com toda a força" a operação militar assim que a trégua acabar.