Rússia aumenta corte na produção de petróleo, de 300 mil para 500 mil barris diários
A redução será mantida até março de 2024
A Rússia vai aumentar o corte em sua produção de petróleo, de 300 mil para 500 mil barris diários, e manterá esta redução até março de 2024, anunciou, nesta quinta-feira (30), o vice-primeiro-ministro russo responsável pela Energia, Alexandre Novak, após uma reunião da OPEP+.
O corte adicional na produção procura "manter a estabilidade e o equilíbrio no mercado do petróleo", declarou Alexandre Novak em um comunicado, após a reunião, em Viena, dos 23 membros desta aliança de exportadores de petróleo.
O corte "será calculado com base nos níveis médios de exportação de maio e junho de 2023 e será aumentado a 300.000 barris por dia de petróleo cru e 200.000 barris por dia de produtos refinados", afirmou o vice-primeiro-ministro.
A Arábia Saudita, maior produtor da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), anunciou, por sua vez, que manteria "até o fim do primeiro trimestre de 2024", seu corte de produção de um milhão de barris diários.
Riade aplica esta política desde julho, no âmbito das medidas adotadas pela OPEP+ para respaldar as cotações de petróleo cru nos mercados.
A Arábia Saudita é um forte aliado da Rússia no cartel petroleiro, que reúne os principais países exportadores de cru.
Reduzir a produção para incentivar os preços poderia ajudar a Rússia, em pleno conflito com a Ucrânia, a aumentar seus ganhos obtidos com os hidrocarbonetos.