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"A Braskem precisa ser responsabilizada", diz ministro dos Transportes sobre colapso em minas

Renan Filho, ex-governador de Alagoas, afirmou que "não é hora de atribuir responsabilidade a quem não deve"

Renan Filho - Lula Marques/Agência Brasil

O ministro dos Transportes, Renan Filho, se pronunciou na manhã desta sexta-feira (1º) sobre o colapso em bairros de Maceió (AL), ocasionado pela erosão do solo devido à atividade mineradora da Braskem. Em entrevista, o ex-governador de Alagoas afirmou que "não é hora de atribuir responsabilidade a quem não deve", atribuindo as consequências à empresa e não ao governo federal e estadual e à prefeitura.

"Não é hora de atribuir responsabilidade a quem não deve. A @braskem precisa ser responsabilizada civil e criminalmente pelo crime ambiental cometido em Maceió, garantindo a reparação aos danos materiais e ambientais causados aos maceioenses", escreveu.

Diferente de seu pai, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que classificou a situação em Alagoas como o "maior crime ambiental do mundo" e reforçou a pressão para o início dos trabalhos da CPI instaurada no Senado para investigar as responsabilidades do caso, Renan Filho usou um tom conciliador ao comentar o incidente.

Em entrevista, o ministro dos Transportes ressaltou que ainda que durante o seu governo em Alagoas, de 2015 a 2022, não aceitou acordos monetários para permitir a exploração da terra pela Braskem. Mesmo sem atribuir culpa à prefeitura de Maceió, o parlamentar afirmou que a gestão municipal recebeu R$ 1,7 bilhão de reais da empresa e, agora, está no que chamou de "uma situação difícil".

"A prefeitura de maceio fez acordo e recebeu 1,7 bilhão de reais, e certamente está numa situação difícil porque a capital está aterrorizada, ninguém sabe o que vai acontecer. Agora transferir por conta disso a responsabilidade para que a União (é errado). A Braskem, empresa multinacional, precisa pagar e ser responsabilizada civilmente e criminalmente", disse.