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FH, Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro: veja as notas do Brasil no Pisa durante os governos

Aprendizagem dos estudantes do país se mantém baixa e estável desde 2009, aponta relatório divulgado nesta terça-feira (5)

Educação integral - Tânia Rêgo/Agência Brasil

A série histórica do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês), cujos resultados de 2022 foram divulgados nesta terça-feira, permite comparar a evolução do Brasil em Matemática, Leitura e Ciências ao longo dos governos de cinco presidentes. A avaliação é feita a cada três anos pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

De acordo com os relatórios da organização, a aprendizagem dos estudantes brasileiros se manteve baixa e estável desde 2009, com alterações sem relevância estatística nas notas. O exame mede se o país teve êxito ao transmitir conhecimentos e competências essenciais para a plena participação destes estudantes na sociedade moderna. Outro objetivo é compreender como os sistemas de ensino nacionais podem agir para melhorar o desempenho de seus alunos.

O Brasil participa da avaliação desde 2000, ainda no governo Fernando Henrique (PSDB), ano que em que foram avaliados apenas conhecimentos em Leitura. Nas últimas duas décadas, a maior variação ocorreu em Matemática, entre 2003 e 2009, nos primeiros governos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A pontuação do país passou de 356 para 386, colocando o Brasil, ainda assim, entre os desempenhos no cenário internacional. Desde então, a nota se estabilizou.

O resultado divulgado nesta terça-feira se refere a 2022, último ano do governo de Jair Bolsonaro. Os exames foram aplicados entre abril e maio do ano passado em 606 escolas brasileiras de 420 municípios, nas 27 unidades da Federação, com pouco mais de 14 mil participantes. O Brasil ocupou a 65ª posição em Matemática, 52ª em Leitura e 61ª em Ciências entre os 81 participantes desse ano.

O que cai no Pisa?
Principal avaliação internacional de educação, o Pisa não é um exame conteudista. Ou seja, poucas questões exigem do candidato que tenham memorizado fórmulas ou teorias. O objetivo do exame não é avaliar somente o domínio dos jovens sobre os conteúdos aplicados em sala de aula, mas também observar se eles conseguem aplicar esse conhecimento na vida real, em cenários em diferentes ambientes e contextos sociais, tanto dentro como fora da escola.

A prova é realizada pelo computador, com perguntas dissertativas e de múltipla escolha e duas horas de duração.