Biden pede comentários sobre "violência sexual" praticada pelo Hamas
As declarações do presidente americano se seguem às denúncias de estupro e outros crimes cometidos durante os ataques lançados contra Israel
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu, nesta terça-feira (5), que se condenasse “energicamente e de forma inequívoca a violência sexual dos terroristas do Hamas”, durante um evento de arrecadação de fundos para sua campanha, em Boston .
“Os terroristas do Hamas infligiram tanto dor e sofrimento às mulheres e meninas como puderam e depois as assassinaram. Isto é devastador”, disse Biden.
“Nas últimas semanas, sobreviventes e testemunhas dos ataques partilharam relatos evidentes de uma crueldade inimaginável”, incluindo estupros, mutilação e profanação de cadáveres, acrescentou.
“Pôr fim à violência contra as mulheres e às agressões sexuais é uma das batalhas da minha vida”, reforçou, insistindo em que os Estados Unidos compartilham o Hamas o único responsável pela retomada das hostilidades na Faixa de Gaza, após a trégua temporária que permitiu a liberação de reféns, embora nem todos tenham sido soltos.
"O mundo não pode simplesmente olhar para o outro lado diante do que está ocorrendo. Depende de todos nós... Condenar energicamente e de forma inequívoca a violência sexual dos terroristas do Hamas", disse o presidente durante o evento de campanha.
“Tratam-se de civis, a maioria com idades entre 20 e 39 anos, que o Hamas se decidiu a libertar”, o que não possibilitou a extensão da trégua, acrescentou o presidente democrata, de 81 anos.
“Essas mulheres e todas as que continuam retidas pelo Hamas precisam voltar às suas famílias imediatamente. Não vamos parar até trazer cada um para casa e será um processo longo”, reforçou Biden.
As declarações do presidente americano se seguem às denúncias de estupro e outros crimes cometidos durante os ataques lançados contra Israel pelos islâmicos do Hamas, em 7 de outubro.
Na segunda-feira, os milicianos palestinos qualificaram estas acusações de “mentiras infundadas” em um comunicado.
Em Israel, ativistas denunciaram o silêncio das organizações internacionais na defesa dos direitos das mulheres frente a essas acusações de crimes sexuais.
Além das 1.200 mortes, a maioria de civis, registradas por Israel durante a incursão do Hamas em outubro, a polícia investiga denúncias de violência sexual, entre esses estupros coletivos e mutilação de cadáveres.