Sudene realiza seminário sobre desenvolvimento regional e direitos humanos no Nordeste
O evento conta com uma série de palestras e está sendo realizado na sede da instituição, no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife
A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) promove, nesta quarta-feira (6), o Seminário Desenvolvimento Regional e Direitos Humanos - Nordeste. O evento é realizado na sede da instituição, no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife.
O seminário tem como objetivo discutir a promoção dos direitos humanos como tema integrante do desenvolvimento regional, tendo por foco a estratégia do Plano Regional do Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE).
A partir do encontro, será constituída a Rede de Governança para o Programa Promoção da Proteção Social e Direitos Humanos do Nordeste. De acordo com o superintendente da Sudene, Danilo Cabral, como ponto de partida da formulação de políticas e pesquisas para o enfrentamento ao tema, será investido um montante de R$ 1 milhão.
Pela manhã, além da abertura, foram realizadas duas mesas de discussão. A primeira - com o professor Manoel Moraes, do Centro Dom Helder Câmara de Estudos e Ação Social (Cendhec)-, abordou o tema "Desenvolvimento Regional e a Promoção dos Direitos Humanos, perspectivas para o Nordeste".
E a segunda tratou sobre o PRDNE e a proteção social e direitos humanos, com apresentação de Gabriela Isabel Nascimento, da área de Estatística da Coordenação-Geral de Cooperação e Articulação de Políticas (CGCP) da Sudene e Danilo Campelo, coordenador-geral da CGCP.
À tarde, será apresentada a Rede de Governança de Políticas pela Promoção dos Direitos Humanos e Fortalecimento da Proteção Social.
Também serão realizados dois painéis - o primeiro tem como tema "Desmistificar a inovação em territórios vulneráveis: um olhar para a diversidade e para a promoção dos direitos humanos". Já o segundo painel aborda "Juventudes no Nordeste, promoção de direitos e cidadania".
O superintendente Danilo Cabral destacou que, no próximo domingo (10), é celebrado o Dia Internacional dos Direitos Humanos. Ele salientou que, no Brasil, há um conjunto de avanços, mas ainda existem muitos direitos que são "aviltados" da população.
"O Nordeste brasileiro tem ainda-, e isso é constatado a partir de indicadores-, desigualdades em relação à média do País. A Sudene tem um papel institucional de buscar a redução das desigualdades. A partir desse ato aqui, a gente faz uma composição de uma rede, que é a forma como temos trabalhado os diversos temas transversais que dialogam com o Nordeste, trazendo para o debate atores que são importantes", disse.
"A gente vai, a partir disso, mobilizar, articular e integrar, para que possamos monitorar e formular políticas que reduzam as desigualdades regionais e que olhem para a questão dos direitos humanos", acrescentou o superintendente.
Ele ressaltou que vários direitos são "violados" contra as mulheres, negros e jovens e são retirados das políticas públicas como o acesso ao trabalho, à proteção social e à educação.
"Tudo isso são direitos humanos inalienáveis e que cabe a Sudene enquanto coordenadora de uma política de desenvolvimento regional, articular os atores", comentou.
Compuseram a mesa de abertura o superintendente da Sudene Danilo Cabral; o professor Severino Lepê Correia, representante da sociedade civil e da Luta Antirracista; a presidente do Cendhec, Celia Maria de Albuquerque Trindade; a diretora de Assistência Estudantil do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), Nathália da Matta; o pró-reitor Comunitário e de Extensão da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), Pe. Delmar Araújo Cardoso; a diretora de Planejamento e Administração (Diplad) da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), professora Maria Aida Monteiro da Silva; a assessora da Secretaria Executiva no Ministério das Mulheres, Viviane Cesário; e a coordenadora de ações governamentais do Ministério da Igualdade Social, Isadora de Oliveira Silva.
O coordenador de Formação de Políticas Públicas da Juventude da Secretaria Nacional de Juventude, Neilson Marques, e a analista de programa de Gênero e Raça do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) no Brasil, Ismália Afonso, também participaram do início do evento, mas de forma remota.