SAÚDE

Por conta de sublinhagens de variante da Covid-19, nova vacina bivalente é recomendada em Pernambuco

Ministério da Saúde reforça que vacinas disponíveis no Sistema Único de Saúde são eficazes contra variantes que circulam no país, prevenindo sintomas graves e mortes

Ministério da Saúde reforça que vacinas disponíveis no Sistema Único de Saúde são eficazes - Rovena Rosa/Agência Brasil Saúde

Por conta da descoberta das sublinhagens JN.1 e a JG.3 de uma variante da Covid-19 no Brasil, o Ministério da Saúde recomenda que uma nova dose da vacina bivalente seja recebida pela população com 60 anos ou mais e também imunocomprometidas com 12 anos ou mais, desde que tenham recebido a última dose da vacina há mais de seis meses. Em Pernambuco, a medida começou a valer nesta quarta-feira (6), de acordo com a Secretaria de Saúde.

A Secretaria frisou que as medidas não-farmacológicas, aliadas à vacinação, são importantes para evitar possíveis riscos da Covid-19, assim como suas sequelas. Entre as recomendações já conhecidas da população, estão: lavagem frequente das mãos, uso de máscaras se houver sintomas respiratórios e, se possível, que sejam evitadas aglomerações.

"Neste momento, é importante que todos os brasileiros atualizem o esquema vacinal com todas as doses recomendadas para cada faixa etária, incluindo o reforço bivalente. Todas as vacinas disponíveis no Sistema Único de Saúde são eficazes contra variantes que circulam no país, prevenindo sintomas graves e mortes", disse o Ministério da Saúde, por meio de um comunicado.

Superintendente do Programa Nacional de Imunizações de Pernambuco (PNI-PE), Jeane Torres confirmou que as doses do imunizante já se encontram à espera do público prioritário no estado.

"Devido ao aumento de casos da Covid-19, os municípios começaram a se organizar para intensificar a vacinação. Nesta quarta, fizemos um comunicado para que todos começassem a vacinar com a bivalente. As salas de vacinas estão abastecidas e o grupo prioritário deve procurar a unidade básica de saúde mais próxima de suas casas”, sinalizou.

Também está disponível no SUS, gratuitamente, o antiviral nirmatrelvir/ritonavir para o tratamento da infecção pelo vírus em idosos com 65 anos ou mais e imunossuprimidos com 18 anos ou mais, logo que os sintomas aparecerem e houver a confirmação de teste positivo.

 
 
 
 
View this post on Instagram
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

A post shared by Folha de Pernambuco (@folhape)

JN.1
A sublinhagem JN.1 foi encontrada de início no Ceará. Até o momento, ela é responsável por 3,2% das positividades dos casos da Covid-19 em todo o mundo.

JG.3
A sublinhagem JG.3, por sua vez, já foi detectada nos estados do Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás. 

Covid-19 cresce em Pernambuco

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE), há um aumento no total de confirmações e no índice de positividade da doença no estado.

A crescente foi iniciada no final de outubro. Em cinco semanas, o total de casos saiu de 89 para 776. Já a taxa de positividade dos testes realizados saiu de 3,8% para 16,6%. 

Vacinação em 2024
A partir de 2024, a vacinação contra a Covid-19 terá como foco as crianças de seis meses e menores de cinco anos. Nessa faixa etária, o esquema vacinal completo contará com três doses. A criança que tiver tomado as três doses em 2023, não vai precisar repetir.

Após cinco anos, crianças e adultos que integram grupos prioritários receberão dose de reforço em 2024. São eles: idosos, imunocomprometidos, gestantes e puérperas, trabalhadores da área de saúde, pessoas com comorbidades, indígenas, ribeirinhos e quilombolas, pessoas vivendo em instituições de longa permanência e seus trabalhadores, pessoas com deficiência permanente, pessoas privadas de liberdade maiores de 18 anos, adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas, funcionários do sistema de privação de liberdade e pessoas em situação de rua.

Esses grupos possuem maior risco de desenvolver formas graves da doença. A inclusão desse público já passou por avaliação da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (CTAI) e do Programa Nacional de Imunização (PNI).