Saiba quem é Binho Galinha, deputado alvo da PF
Kleber Cristian Escolano de Almeida, mais conhecido como Binho Galinha (Patriota), é alvo de um mandado de busca e apreensão
Alvo de um mandado de busca e apreensão expedido pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quinta-feira (7), o deputado estadual Kleber Cristian Escolano de Almeida, mais conhecido como Binho Galinha (Patriota), é acusado de chefiar um grupo criminoso. Natural de Milagres, Binho Galinha passou grande parte de sua vida em Feira de Santana, cidade em que chegou a ser preso em 2011.
Na ocasião, foi acusado de integrar uma quadrilha responsável por roubos de automóveis e caminhões e foi detido portando uma pistola. Após três dias, foi liberado pela Polícia Civil e respondeu inquérito em liberdade, que não chegou a um processo judicial. Empresário, o deputado estadual é sócio da Tend Tudo desde 2006, um ferro-velho que vende peças e acessórios para veículos automotores na cidade.
Foi inclusive do lado de fora de sua empresa que Binho Galinha se cacificou para a política. Durante a pandemia, ele começou a entregar quentinhas para pessoas vulneráveis, até que começou a chamar atenção dos caciques locais e recebeu um convite para concorrer pelo Patriota.
Durante a campanha, explicou que o apelido "Binho Galinha" surgiu logo após sua mudança para Feira de Santana. Quando chegou na cidade, trabalhou como entregador de um abatedouro de galinhas.
Nas eleições do ano passado, apoiou a candidatura do presidente Lula (PT) e do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT). No pleito, foi eleito com 49,8 mil votos.
À Assembleia Legislativa, informou não ter ensino superior, sendo o ensino médio completo o seu grau de escolaridade. Na Casa, é vice-líder do bloco MDB/PSB/Patriota/PSC/Avante. Em seu primeiro mandato, o político apresentou três projetos de lei: para que mulheres possam pagar meia-entrada em jogos de futebol, para que um programa estadual de tratamento e reciclagem de óleos seja instituído e para que uma associação beneficente fosse reconhecida como utilidade pública.
Alvo da PF
Nesta manhã, a PF cumpre dez mandados de prisão preventiva, 33 mandados de busca e apreensão, bloqueio de mais de R$ 700 milhões das contas bancárias dos investigados e o sequestro de 26 propriedades urbanas e rurais, além da suspensão de atividades econômicas de seis empresas.
"Segundo foi apurado, o chefe da organização atualmente é detentor de foro por prerrogativa de função e, com isso, faz-se necessário esclarecer que, desde 2018, o Supremo Tribunal Federal vem entendendo que parlamentares serão processados e julgados pela justiça de primeiro grau em caso cometimento de crimes antes da diplomação do cargo e desconexo a ele", informou a PF.
De acordo com a PF, a organização criminosa investigada na Operação El Patron pratica lavagem de dinheiro obtido no jogo do bicho, agiotagem, extorsão, receptação qualificada, entre outros crimes.