Suspeito de matar argentina a facadas tem seis passagens pela polícia e já foi condenado a 15 anos
Ele foi preso em julho de 2013 no Rio, após cumprimento de mandado de prisão emitido pela Justiça de Pernambuco em fevereiro do mesmo ano; estupro foi contra uma adolescente
Carlos José de França, suspeito de ter matado a argentina Florencia Aranguren, de 31 anos, em Búzios, na Região dos Lagos, tem outras cinco passagens pela polícia do Rio. Ele já havia sido condenado pela Justiça de Pernambuco a 15 anos de prisão por estupro e roubo a uma adolescente no estado nordestino. Carlos José tem 32 anos e é natural de Quipapá, cidade da Zona da Mata de Pernambuco, mas tinha endereço residencial em Itaperuna, no Norte Fluminense. O corpo de Florencia foi encontrado nesta quarta-feira, com marcas de facadas, na trilha para a Praia José Gonçalves.
Em sua ficha, consta que ele trabalhava como lavrador e não é alfabetizado. Pelo estupro da adolescente, recebeu pena de 15 anos, seis meses e 9 dias em regime fechado, depois convertido em semiaberto.
A polícia desconfiou de Carlos porque o cachorro da argentina, Tronco, que estava perto do corpo, não esboçou reação quando curiosos se aproximaram da vítima, mas tentou atacar o homem. O suspeito havia sido detido momentos antes, após invadir um condomínio próximo pelos fundos.
Os policiais recolheram imagens de câmeras próximas. A bermuda e o chinelo que o suspeito usava foram apreendidos e encaminhados para perícia. Por causa dos indícios que apontam Carlos como o autor das facadas desferidas em Florencia, o delegado Phelipe Cyrne determinou que ele fosse preso em flagrante.
De acordo com as investigações, antes de cometer o crime, o suspeito havia passado de bicicleta por Florencia, que caminhava pela trilha para a Praia José Gonçalves. A argentina costumava caminhar pelo local constantemente com Tronco.
Cuidados com o pet
Um dia antes de morrer, Florencia havia levado seu cachorro a uma clínica veterinária em Búzios para fazer exames. Ela deveria retornar ao local na quarta-feira. Após a morte da dona, Tronco foi entregue a uma irmã da argentina.