'TRAIÇÃO'

Ala do PL não vota por urgência para barrar decreto sobre armas e é cobrada por bolsonaristas

Nomes como Nikolas Ferreira, Júlia Zanatta e Marcos Pollon lamentaram falta de três votos da bancada para aprovar o projeto

Câmara dos Deputados - Lula Marques/ Agência Brasil

A reprovação por apenas 3 votos de declarar urgência a um projeto para derrubar o decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que limita a compra de armas no território nacional virou alvo de críticas de deputados que integram a base de apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro. Parlamentares como Nikolas Ferreira (PL-MG), Júlia Zanatta (PL-SC) e Marcos Pollon (PL-MS) foram alguns dos que fizeram postagem em suas redes sociais falando em "traição" e "falta de comprometimento" de correligionários, direcionando ataques a deputados do PL que não votaram pela aprovação do texto.

O texto, de autoria do deputado Sanderson (PL-RS), tentava derrubar a portaria do Ministério da Justiça determinando que todas as armas do país sejam registradas na Polícia Federal. A votação ocorreu na ausência do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), que está em Dubai, na COP-28.

Ao todo, dez parlamentares da legenda, a mesma de Bolsonaro, ou optaram por não votar pela aprovação ou se ausentaram da discussão. Os declaradamente contrários foram Antonio Carlos (PL-SP) e João Carlos Bacelar (PL-BA) e houveram ainda outras duas abstenções: Eli Borges (PL-TO) e Henrique Junior (PL-MA).

Além das posições contrárias à aprovação da urgência, outros seis integrantes do partido estiveram ausentes da votação, sendo eles Capitão Augusto(PL-SP), Fernando Rodolfo (PL-PE), Samuel Viana - (PL-MG), Silvio Antonio (PL-MA), Tiririca (PL-SP) e Wellington Roberto (PL-PB).

O placar foi de 254 contra a urgência, 156 a favor e 5 abstenções., faltando três votos para a aprovação. Após a votação, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) falou em "falta de comprometimento" ao comentar a votação, mas não direcionou suas críticas a pessoas específicas.

"Dificilmente venho aqui dizer sobre votos. Mas perder por 3 votos, uma urgência de um tema caríssimo pro Brasil é revoltante. Ainda mais quando poderia ter sido evitado com votos da oposição - ou “oposição”. Inacreditável a falta de comprometimento de alguns deputados. Seguimos.", postou.

Já a deputada definiu como "traição e negligência" a falta de 10 votos da bancada do PL ao projeto.