Investigação

Blinken apoia investigação "minuciosa" sobre ataque a jornalistas no Líbano

Uma investigação da Agência France-Presse (AFP) publicada nesta quinta-feira sobre o bombardeio

Bombardeio israelense matou um jornalista e feriu outros seis em 13 de outubro no sul do Líbano. - AFP

O secretário do Estado americano, Antony Blinken, afirmou, nesta quinta-feira (7), ser “importante e adequado” o início de “uma investigação completa e minuciosa” sobre o bombardeio israelense que matou um jornalista e feriu outros seis em 13 de outubro no sul do Líbano.

“Entendo que Israel iniciou uma investigação deste tipo e será importante que seja concluída e que possamos ver os resultados”, afirmou Blinken ao ser questionado sobre o assunto durante uma coletiva de imprensa ao lado da contraparte britânica, David Cameron.

“É importante e proteção que se investigue a fundo” o ocorrido, acrescentou.

Uma investigação da Agência France-Presse (AFP) publicada nesta quinta-feira sobre o bombardeio, que matou o jornalista da Reuters Issam Abdallah e feriu outras seis pessoas, incluindo dois jornalistas da AFP, aponta para um projeto de tanque usado apenas pelo Exército israelense nesta região fronteiriça sob forte tensão.

A fotógrafa da AFP Christina Assi, de 28 anos, sofreu ferimentos graves e teve uma das pernas amputadas. Ela segue hospitalizada.

Realizada junto com a Airwars, uma ONG de especialistas independentes em investigações de ataques contra civis em situações de conflito, uma investigação revelou que a munição usada no bombardeio é um projeto de tanque de 120 mm, usado somente por Israel nesta região da fronteira com o Líbano.

“Sinto uma admiração extraordinária pelos homens e mulheres em sua profissão que, a cada dia e em todo o mundo, nos lugares mais perigosos do mundo, tenta levar os fatos, as histórias a outras pessoas”, disse Blinken.