Bolsonaro e comitiva fazem tour da direita conservadora pela Argentina com Milei e Órban
Ex-presidente e parlamentares se encontraram com o presidente eleito pela manhã; à tarde têm encontro marcado com o primeiro-ministro da Hungria
O ex-presidente Jair Bolsonaro e uma comitiva de parlamentares conservadores se encontraram, na manhã desta sexta-feira (8), com o presidente eleito da Argentina, Javier Milei, e com Patrícia Bullrich, nomeada para assumir o Ministério da Segurança Pública no país. No período da tarde, eles se encontram com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán.
— Milei agradeceu demais ao Bolsonaro, depois ele fez questão de conversar com toda a comitiva, todos os parlamentares. Ele agradeceu muito, falou sobre a luta pela liberdade, que ele e o Bolsonaro são duas pessoas que lutam pela liberdade—afirmou a deputada Bia Kicis (PL-DF) que está em Buenos Aires com a comitiva de Bolsonaro.
Milei teve um encontro reservado com Bolsonaro e com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Após essa conversa, Milei e Bullrich se reuniram com a comitiva brasileira de bolsonaristas.
O ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro e um de seus filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro , chegaram na noite desta quinta-feira ao Aeroparque, em Buenos Aires.
A viagem desse grupo é um ato político que coloca o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), numa sai justa diplomática.
Milei foi eleito em segundo turno pelos argentinos no final de novembro, como um representante da extrema direita. Ele chegou a fazer críticas a Lula durante sua campanha, mas após o resultado das urnas abaixou o tom e chegou a enviar um convite oficial ao presidente brasileiro para sua posse. O Brasil, no entanto, enviou o chanceler Mauro Vieira para representar o país na cerimônia agendada para este domingo, 10.
Sobre o primeiro-ministro húngaro, o Parlamento Europeu já constatou que a Hungria vive, hoje, uma autocracia liderada por Orbán, considerado um expoente do conservadorismo no mundo.
O órgão criticou a política do primeiro-ministro por infrações contra o Estado de direito, nepotismo, corrupção, cooptação dos meios de comunicação, neutralização da oposição e perseguição a minorias e à população LGBTQIAP+.