Acidente

Guiana conclui resgate de militares que sobreviveram após queda de helicóptero

Aeronave desapareceu nesta quarta-feira, mas foi localizada já no dia seguinte; outros cinco militares morreram

Dwayen Jackson e Andio Michael Crawford são os dois sobreviventes de queda de helicóptero na Guiana - Reprodução Redes Sociais

As Forças de Defesa da Guiana concluíram o resgate dos dois militares sobreviventes da queda de um helicóptero que matou cinco na Guiana. A operação foi feita por dois helicópteros com capacidade de busca e resgate emprestados por uma empresa, e só aconteceu depois de pelo menos três tentativas de retirá-los do local do acidente. Segundo as autoridades locais, a prioridade foi dada aos dois sobreviventes, que ainda estavam no local do acidente nesta sexta.

Todos os esforços para resgatar os militares foram, no entanto, frustrados pelo mau tempo persistente no local. Uma equipe de resgate, enviada ao local nesta quinta-feira, segue na área, prestando apoio médico aos dois sobreviventes. Segundo as Forças Armadas, uma nova tentativa de resgate será feita nesta sexta-feira.

“Os sobreviventes estão sendo assistidos pela equipe de resgate, enquanto grandes esforços estão sendo feitos para que os dois sobreviventes e os militares cujos corpos imóveis foram encontrados sejam transportados para Georgetown”, detalhou o comunicado do GPF.

O tenente Andio Crawford, que, segundo suas redes sociais, também atua como piloto comercial de helicópteros, é um dos que sobreviveu ao acidente. Residente em Georgetown, capital do país, ele afirma ter feito cursos de avião nos Estados Unidos. Não há confirmação de que ele era o responsável por pilotar a aeronave. O outro sobrevivente foi identificado como o cabo Dwayne Jackson.

As vítimas do acidente foram identificadas como sendo o sargento Jason Khan, o coronel Michael Shahoud, o tenente-coronel Michael Charles, o tenente-coronel Sean Welcome e o brigadeiro Gary Beaton.

A aeronave perdeu contato a 45 quilômetros da fronteira, em uma área com tempo ruim. Até o momento, não há indicativos de envolvimento da Venezuela no caso. O brigadeiro Omar Khan anunciou que o helicóptero Bell 412 EP perdeu contato entre os dois países em Essequibo. A aeronave partiu da base de Ayanganna às 9h23 de quarta-feira com destino a Arau. Segundo comunicado das Forças de Defesa da Guiana, o helicóptero enviou um sinal do transmissor localizador de emergência às 11h20 desta quarta-feira.

— Há um telefone via satélite na aeronave além do conjunto de comunicação orgânico e indígena usado para se comunicar com controle rígido. Não tivemos nenhum relato de qualquer interferência relacionada à comunicação. Mas a comunicação por telefone via satélite depende de um céu claro — explicou o militar.

O Exército perdeu contato com a aeronave depois que ela decolou do assentamento de Olive Creek, no oeste da Guiana, após uma parada para reabastecimento. Questionado se o helicóptero foi atingido no céu enquanto voava em uma área montanhosa e densamente arborizada, Khan disse que não há indicações de que isso tenha ocorrido.

— Não temos nenhuma informação que sugira que tenha havido algum voo de aeronave venezuelana naquela área. Especulação não é o que eu quero abordar. Nossa prioridade é salvar as vidas de nossos oficiais e patentes. Esse acontecimento, esse incidente, tenho certeza, gerou uma ansiedade adicional neste período que estamos — afirmou o Brigadeiro.