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Grupo Pão de Açúcar inicia processo para emitir R$ 1 bilhão em novas ações

Recursos serão usados para reduzir endividamento; controlador Casino já anunciou que quer vender sua participação na empresa

Grupo francês Casino anunciou que pretende vender no Brasil sua participação de 40,9% no Grupo Pão de Açúcar - Reprodução/Twitter

O Grupo Pão de Açúcar (GPA) informou neste domingo que iniciou processo para a realização de uma potencial oferta primária de ações no valor de R$ 1 bilhão. Para analisar a viabilidade da operação, a companhia contratou os bancos Itaú e BTG Pactual, além da BR Partners como assessor financeiro.

Com dívidas que chegam a € 6,4 bilhões (R$ 33,3 bilhões), o grupo francês Casino anunciou, em junho passado, que pretende vender no Brasil sua participação de 40,9% no Grupo Pão de Açúcar. Trata-se de uma alternativa para o grupo francês reduzir seu endividamento. O restante das ações do GPA é negociado na Bolsa.

De acordo com a empresa, a nova emissão ajudará na melhoria operacional da companhia, iniciada em 2022, e vai garantir os recursos necessários para uma maior "flexibilidade financeira". O objetivo é manter o foco na operação e em sua próxima fase de crescimento.

Reduzir endividamento

O comando do GPA vem reforçando junto aos investidores a ideia de que a empresa está alcançando as metas de recuperar o negócio, como proposto ao mercado pela atual direção cerca de um ano e meio atrás, numa transformação estrutural da companhia.

O grupo vem se desfazendo de ativos que não são sua atividade principal. Já vendeu participação de 34% na Cnova e dos 13,3% que tinha na varejista Almacenes Éxito S.A.

"Caso a potencial oferta de ações seja efetivada, os recursos obtidos serão empregados na redução do endividamento da companhia, com a consequente diminuição da sua alavancagem financeira", diz o fato relevante.

Uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) foi convocada para 11 de janeiro de 2024 em primeira convocação, para deliberar, entre outros assuntos, sobre o aumento do capital. A emissão para captações desses recursos vai depender das condições macroeconômicas nacionais e internacionais favoráveis aos interesses dos investidores, informa a empresa.