Jovem descobre câncer após ter ressacas intensas: "Pensei que poderia ser alérgica ao álcool"
Depois de três idas ao médico, Poppy Beguely descobriu a doença e começou a quimioterapia em fevereiro deste ano
Uma jovem de 20 anos descobriu um câncer, após perceber que suas ressacas estavam longe do normal. Ao invés de dores de cabeça, desidratação e sensibilidade à luz, Poppy Beguely, de Auckland, Nova Zelândia, frequentemente vomitava, desenvolvia uma ferida dentro do nariz e uma erupção facial. Inicialmente, ela não deu importância, até começar a tossir sangue.
Os sintomas de Poppy começaram no final de 2021. A jovem os atribuiu a noites animadas com amigos, mas percebia que ela ficava muito mais bêbada que a maioria das pessoas de sua idade e começava a se sentir mal.
— Antes de ficar doente, eu saía bastante e podia beber muito. No dia seguinte, me sentia bem. Às vezes, tinha um pouco de dor de cabeça, mas nada sério. De repente, percebi que minha tolerância era muito menor e minha noite terminaria com vômitos toda vez, mesmo depois de apenas três bebidas. O dia seguinte seria ainda pior. Eu me sentia extremamente mal. Pensei que poderia ser alérgica ao álcool — conta ao Newsweek.
Poppy começou a desenvolver uma erupção no rosto e no peito. Ela também passou a vomitar sangue e a ter sangramentos frequentes no nariz. Com a piora dos problemas, a jovem, que tinha 18 anos, procurou um médico.
— Eu estava ciente de que algo estava errado comigo por um longo tempo antes do diagnóstico: tinha uma tosse persistente que não ia embora, estava muito cansada e tinha uma área extremamente dolorida na minha barriga — detalha.
A jovem, que trabalha como florista e instrutora de natação, foi hospitalizada três vezes entre junho e outubro de 2022 após saídas noturnas. Segundo ela, os médicos suspeitaram que ela poderia ter trombose venosa profunda e a receitaram anticoagulantes.
Na quarta visita, o médico disse que ela tinha todos os sintomas de câncer. Foi realizada uma biópsia de um caroço que Poppy tinha no pescoço, que revelou que a jovem tinha linfoma de Hodgkin em estágio três, com tumores no peito, pescoço e braço.
— Eu estava arrasada antes de começar a terapia. Acho que estive em modo de sobrevivência o tempo todo. Eu não tinha muita capacidade emocional para lidar com a notícia. Minha cabeça estava focada em superar isso. Minha família me apoiou enormemente; eu não teria conseguido passar por isso sem eles — revela.
Poppy começou a quimioterapia em fevereiro de 2023, logo após completar 20 anos. O tratamrnto durou quatro meses e, agora, ela está em remissão. A jovem voltou ao trabalho, depois de se concentrar no tratamento durante grande parte do ano.
— Os médicos disseram que era improvável que fosse fatal, desde que eu não contraísse infecções graves durante a quimio. O linfona de Hodgkin tem uma alta taxa de remissão. Então, felizmente, peguei o mal menor — confessa.
Para Poppy, a pior parte de ter câncer é perceber que, enquanto sua vida foi colocada em espera, o mundo e todos ao seu redor continuam seguindo em frente. Mas a doença a trouxe uma perspectiva diferente da vida.
— Quando finalmente pude sair e o sol estava no meu rosto, comecei a chorar e não conseguia parar. Sou grata por ter recuperado minha vida, especialmente depois de um ano sem saber o que estava errado — conclui Poppy.