Primeiro-ministro do Japão demitirá quatro ministros após escândalo de corrupção
Promotores estão investigando alegações de que cerca de R$ 17 milhões em subornos foram pagos a membros do partido de Fumio Kishida
O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, anunciará nesta quarta-feira a demissão de quatro ministros devido a um escândalo de financiamento partidário, informou a mídia local. Entre eles estão o braço direito de Kishida, o Chefe de Gabinete Hirokazu Matsuno, bem como o Ministro da Economia, Indústria e Comércio, Yasutoshi Nishimura, segundo a mídia local.
Os outros são o ministro do Interior, Junji Suzuki, e o ministro da Agricultura, Ichiro Miyashita, além de cinco vice-ministros, indicaram vários meios de comunicação citando fontes não identificadas do governo e do partido no poder.
Kishida, de 66 anos, cujos índices de aprovação despencaram desde que chegou ao poder em outubro de 2021, anunciaria a decisão em entrevista coletiva marcada para as 18h15 (06h15 em Brasília). Aqueles que serão removidos pertencem ao maior setor do Partido Liberal Democrático (LDP), que governou o Japão quase continuamente durante décadas.
Os promotores estão investigando alegações de que cerca de 500 milhões de ienes (R$ 17 milhões) em subornos foram pagos a membros dessa ala, liderada pelo ex-primeiro-ministro assassinado, Shinzo Abe. Matsuno, o principal porta-voz do governo, recusou-se nesta quarta-feira a dar detalhes, mas disse que Kishida “tomaria medidas para recuperar a confiança do público”.
Questionado sobre as alegações sobre o seu próprio envolvimento, Matsuno disse que tomaria “medidas apropriadas” depois que o seu grupo político investigasse os relatos.