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Leilão de petróleo começa com oferta em área no Amazonas

Consórcio firmado por Eneva e Atem levam área com bônus de assinatura de R$ 165 mil

Diretor-Geral da ANP, Rodolfo Saboia, na abertura do 4º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão - Reprodução/X/ANP

No dia seguinte ao fim da COP-28, o leilão de petróleo realizado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), na manhã desta quarta-feira (13) no Rio de Janeiro, começou com o 4º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão com área arrematada justamente o meio da floresta Amazônica.

A primeira área a ser ofertada foi a de Jappim, na Bacia do Amazonas, considerada de acumulação marginal. A Eneva e a Atem, que comprou a refinaria de Manaus da Petrobras, fizeram uma oferta conjunta.

Segundo a ANP, o consórcio levou a área com R$ 165 mil de bônus de assinatura. O investimento mínimo na área é de R$ 1,2 milhão.

São 602 blocos exploratórios divididos em 33 setores por nove bacias sedimentares, como Amazonas (em terra), Espírito Santo (em terra), Paraná (em terra), Pelotas (Santa Catarina e Rio Grande do Sul, em mar), Potiguar (Rio Grande do Norte e Ceará, em terra), Recôncaco (na Bahia, em terra), Santos (mar), Sergipe-Alagoas (em terra) e Tucano (Bahia, em terra). Há ainda o leilão da área marginal de Jappim, no Amazonas.

Rodolfo Saboia, diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), disse, durante a abertura do leilão, que ocorre no Rio de Janeiro, que a realização das ofertas de blocos é um passo importante para reduzir a queda de produção esperada para a próxima década.

"Parece uma contradição, mas a transição energética não se completará tão rapidamente. Há custos para estabelecer a infraestrutura com desafios tecnológicos. Embora precisam ser superados, isso nao vai acontecer nos próximos dez anos. Sem isso, podemos retomar a dependência externa" afirmou Saboia.

Segundo ele, a industria de petróleo contribui com o desenvolvimento econômico, a geração de empregos e contribui para financiar a transição energética. Saboia citou os esforços da ANP em biocombustíveis, hidrogênio verde e ações de redução de emissão como armazenamento de carbono. Lembrou que todas as áreas foram submetidas a consultas aos órgãos ambientais.

Ao todo, 21 empresas manifestaram interesse em participar dessas áreas, que já foram oferecidas em leilões anteriores ou já estiveram sob concessão e foram devolvidas.

Haverá ainda o 2º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha, em áreas do pré-sal na costa do Sudeste, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) vai ofertar cinco blocos exploratórios do pré-sal (Cruzeiro do Sul, Esmeralda, Jade e Tupinambá, na Bacia de Santos; e Turmalina, na Bacia de Campos).

Foram habilitadas empresas como BP, Chevron, Petronas, Qatar Energy, Shell e TotalEnergies. A Petrobras não manifestou interesse.