Grupo de mídia Axel Springer fecha acordo com OpenAI, do ChatGPT
Conteúdo será usado nos modelos de inteligência artificial e para resposta aos usuários
O conglomerado de mídia europeu Axel Springer SE – dono, entre outros, das publicações Politico, Business Insider, e os alemães Bild e Die Welt – fechou um acordo com a OpenAI, criadora do ChatGPT, para que seu conteúdo seja usado no desenvolvimento de modelos de inteligência artificial (IA) e na resposta dessas ferramentas às perguntas dos usuários.
Como parte do acordo, anunciado nesta quarta-feira, a OpenAI pagará por seu uso, mas este valor não foi divulgado no comunicado conjunto da empresa americana e do conglomerado de mídia europeu.
A OpenAI usará o conteúdo de notícias da Axel Springer para gerar respostas às perguntas dos usuários no ChatGPT. Os resultados vão indicar as fontes usadas e indicar os links para os artigos completos "para transparência", afirmaram as empresas.
“Queremos explorar as oportunidades do jornalismo capacitado por IA - levar a qualidade, a relevância e o modelo de negócios do jornalismo para um próximo nível", disse Mathias Döpfner, CEO da Axel Springer.
Este não é o primeiro acordo entre a OpenAI e editores de notícias. Em julho, a startup apoiada pela Microsoft fechou um acordo com a Associated Press para licenciar seu arquivo de notícias e desenvolver seus modelos de IA.
No mesmo mês, a OpenAI assinou um acordo de US$ 5 milhões com o American Journalism Project, uma organização que apoia editores locais, para experimentar maneiras de usar a IA nas notícias.
No entanto, à medida que as publicações definem qual é a melhor estratégia em relação à IA generativa, alguns temem que seu conteúdo de notícias esteja sendo usado para construir modelos de inteligência artificial sem a devida compensação, e outros veem riscos no uso da tecnologia, que é propensa a fake news.
Alguns meios de comunicação europeus, como a Radio France, bloquearam as ferramentas da OpenAI devido a preocupações com a coleta de dados. O Figaro, na França, afirmou que nunca usaria a IA generativa para ajudar a escrever histórias.
O New York Times e O Globo tomaram decisões editoriais de não permitir o acesso a seu conteúdo por ferramentas de inteligência artificial.