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Quatro ministros japoneses renunciam por escândalo de suborno

Conselheira especial do primeiro-ministro e vice-ministros também deixarão os cargos

Presidente do Japão, Fumio Kishida, demitiu quatro de seus ministros, todos acusados de envolvimento em esquema de corrupção - Franck Robichon / AFP

Quatro ministros japoneses renunciaram aos seus cargos nesta quinta-feira devido a um escândalo de suborno no partido no poder, que atingiu o governo do impopular primeiro-ministro Fumio Kishida. Os Ministros da Economia e Indústria, Yasutoshi Nishimura; do Interior, Junji Suzuki; e Agricultura, Ichiro Miyashita, renunciaram na manhã desta quinta-feira (no horário local).

Mais tarde, o secretário-chefe de gabinete, Hirokazu Matsuno, anunciou sua saída e confirmou a de seus outros três colegas. O porta-voz do governo, Matsuno, disse que Michiko Ueno, conselheira especial do primeiro-ministro, bem como cinco vice-ministros também deixarão o cargo.

"As dúvidas públicas rodeiam-me sobre os fundos políticos, o que está a causar desconfiança no governo. Como está em curso uma investigação, pensei que queria esclarecer as coisas", disse Nishimura aos jornalistas no gabinete do primeiro-ministro.
 

Os promotores do país estão investigando alegações de que cerca de 500 milhões de ienes (R$ 17 milhões) em subornos foram pagos a membros dessa ala, liderada pelo ex-primeiro-ministro assassinado, Shinzo Abe. Matsuno, o principal porta-voz do governo, recusou-se nesta quarta-feira a dar detalhes, mas disse que Kishida “tomaria medidas para recuperar a confiança do público”.

Questionado sobre as alegações sobre o seu próprio envolvimento, Matsuno disse que tomaria “medidas apropriadas” depois que o seu grupo político investigasse os relatos.