Tecnologia

Ações da Apple sobem tanto que valor da "big tech" já é quase o de toda a Bolsa da França

A gigante de tecnologia é maior do que todos os outros mercados de ações do mundo, com exceção dos seis maiores

A Apple é maior do que todos os outros mercados de ações do mundo - Anna /Pixabay

A recuperação da Apple, empresa de capital aberto mais valiosa do mundo, não mostra sinais de abrandamento. Depois de fechar em um recorde de alta na quarta-feira (13), o valor de mercado da fabricante do iPhone está se aproximando do maior mercado de ações da Europa: França.

O valor de mercado combinado das empresas listadas em Paris era de cerca de US$ 3,2 trilhões no fechamento de quarta-feira, em comparação com os US$ 3,1 trilhões da gigante da tecnologia, de acordo com um índice compilado pela Bloomberg. A Apple é maior do que todos os outros mercados de ações do mundo, com exceção dos seis maiores.

Não é a primeira vez que a empresa sediada em Cupertino, Califórnia, supera Paris em valor. A dupla trocou de posições várias vezes durante o segundo semestre do ano passado, quando os bancos centrais aumentaram as taxas de juros para combater a inflação.

O próprio mercado de ações francês atingiu um recorde de alta esta semana, impulsionado por empresas de artigos de luxo, incluindo a LVMH, proprietária da Louis Vuitton, e a Hermes International , fabricante da bolsa Birkin.

As ações recuaram a partir da metade do verão (metado do inverno no Brasil), mas voltaram a subir nas últimas semanas, à medida que cresciam as evidências de que a inflação está arrefecendo e, portanto, as taxas de juros podem ter atingido seu pico, sem nenhum sinal de recessão nos EUA.

Nos EUA, esse mesmo cenário impulsionou um novo aumento das ações de tecnologia, especialmente das maiores empresas. A Apple subiu mais de 50% em 2023, adicionando cerca de US$ 1 trilhão em valor de mercado. As ações subiram até 0,8%, para US$ 199,62 nesta quinta-feira, atingindo um novo recorde intradiário.

O recente aumento da Apple é uma grande reversão em relação a outubro, quando as ações foram pressionadas por preocupações sobre o crescimento da receita e as vendas na China.

Wall Street projeta que a receita da empresa voltará a se acelerar em 2024, com a recuperação da demanda por smartphones, laptops e computadores, de acordo com a média das estimativas dos analistas compiladas pela Bloomberg.