Exército de Israel admite ter matado a tiros reféns capturados pelo Hamas
Em comunicado, forças israelenses disseram que soldados confundiram reféns com "uma ameaça"
O Exército de Israel admitiu, nesta sexta-feira (15), ter matado a tiros três dos reféns sequestrados pelo Hamas no ataque terrorista de 7 de outubro, mantidos em um cativeiro em Gaza.
Os sequestrados foram confundidos "com uma ameaça" por soldados que participavam de uma operação na capital do enclave, e foram fuzilados.
"Durante combates em Shekhaiya [no norte], o Exército identificou erroneamente três reféns israelenses como uma ameaça. Como resultado, os soldados dispararam contra eles e morreram", afirmaram as forças de segurança em um comunicado, expressando seu "forte arrependimento pelo trágico incidente".
Embora o Hamas tenha culpado Israel pela morte de outros reféns mantidos em Gaza ao longo da guerra, na maioria das vezes, a alegação era de que as baixas teriam sido provocadas pelo bombardeio de seus cativeiros. Esta é a primeira vez que o Estado judeu assume a culpa por ter, ativamente, executado reféns.
Ainda no comunicado, o Exército israelense destacou que o caso aconteceu em uma "zona de combate ativa", na qual seus soldados travam uma "batalha contínua" há dias contra terroristas do Hamas. O bairro de Shijaiyah é onde, na terça-feira, nove militares israelenses morreram em uma emboscada, enquanto procuravam entradas de túneis no centro de Gaza. O ataque foi a ação isolada mais sangrenta contra as forças de invasão terrestres.
Os reféns fuzilados foram identificados como Yotam Haïm e Samer al Talalka, ambos sequestrados no dia 7 de outubro. O terceiro refém não foi identificado publicamente a pedido da família. Todos os corpos foram repatriados para Israel.