transporte marítimo

BP também decide suspender navegação no Mar Vermelho após ataques a navios

Dinamarquesa Maersk, a alemã Hapag-Lloyd, a francesa CMA CGM e a ítalo-suíça MSC disseram para não passarão até segunda ordem

Produção da BP - reprodução

A gigante britânica de hidrocarbonetos BP anunciou nesta segunda-feira (18) que também suspenderá sua navegação pelo Mar Vermelho, seguindo os passos de outras empresas de transporte marítimo, após os ataques perpetrados por rebeldes huthis do Iêmem.

Várias grandes empresas mundiais de transporte marítimo anunciaram entre sexta-feira e sábado a suspensão da passagem de seus navios pelo Mar Vermelho, uma importante rota comercial, após ataques dos rebeldes houthis do Iêmen.

A dinamarquesa Maersk, a alemã Hapag-Lloyd, a francesa CMA CGM e a ítalo-suíça MSC informaram que suas embarcações deixarão de passar pelo Mar Vermelho até nova ordem.

O Mar Vermelho conecta o Mediterrâneo ao Oceano Índico, portanto a Europa à Asia. Por essa rota circulam cerca de 20.000 barcos por ano.

Nas últimas semanas, rebeldes iemenitas, próximos ao regime iraniano, aumentaram seus ataques ao redor do estratégico estreito de Bab Al Mandab, que separa a península arábica da África.

Os houthis advertiram que irão atacar embarcações que navegarem na costa do Iêmen e tiverem ligação com Israel, em resposta ao conflito desse último país com o movimento islamista palestino Hamas na Faixa de Gaza.

Vários mísseis e drones foram derrubados por navios de guerra americanos e franceses que patrulham a área.

Segundo a Câmara Internacional de Navegação (ICS, na sigla em inglês), com sede em Londres, 12% do comércio mundial passa pelo Mar Vermelho.

A preocupação com possíveis dificuldades de abastecimento através da rota comercial do Mar Vermelho e a desvalorização do dólar, levaram à alta dos preços do petróleo nesta segunda-feira.