Tarcísio vê segurança pública em débito e rebate alfinetada de Lula
Governador de São Paulo apresentou balanço de seu primeiro ano no cargo durante evento no Palácio dos Bandeirantes
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), elencou a segurança pública como uma área de insatisfação após quase 12 meses de sua gestão. O comentário foi feito em coletiva de imprensa após evento no Palácio dos Bandeirantes para balanço de seu primeiro ano no cargo.
Antes disso, Tarcísio discursou por mais de uma hora sobre os feitos de sua gestão para uma plateia recheada de convidados, autoridades e secretários de Estado. Ele apresentou moradia, saúde e educação em primeiro lugar, demonstrando serem prioritárias.
Quando questionado pelo Globo sobre qual área do governo ficou devendo em 2023, o governador afirmou que se esforça para não errar e que nem sempre tem uma resposta pronta para os problemas. Mas declarou não estar feliz com a situação da violência no estado.
— Eu estou satisfeito com a segurança pública? Claro que não. Não posso estar. Não quero ter o cidadão sendo abordado por motocicleta todo dia, sendo assaltado. Eu diria que temos mais para fazer na segurança pública — declarou.
Tarcísio colocou a reincidência criminal como um dos principais obstáculos para a segurança pública e citou casos de criminosos que voltaram a cometer delitos assim que deixaram audiências de custódia. Para ele, é um problema que deve ser resolvido junto ao Poder Judiciário.
Na apresentação do balanço, a valorização dos profissionais da segurança, os R$ 640 milhões investidos em equipamentos (como viaturas e tecnologia), as 240 toneladas de drogas apreendidas e o sistema de câmeras de monitoramento foram mencionados como feitos da gestão do secretário Guilherme Derrite.
Questionado sobre uma declaração feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante visita a Itaquera, na Zona Leste da capital, no último sábado, Tarcísio evitou fazer comentários. O petista havia afirmado que tanto o governador quanto o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, seriam bem tratados se tivessem comparecido ao evento, "porque educação a gente aprende em casa".
— Com relação aos comentários do presidente, a gente sempre tratou as questões com o governo federal com o máximo respeito. Eu sou um governador de oposição que todo mundo queria ter. Eu não fico criticando, não fico na rede social, eu trabalho — afirmou.