GOLPE

Irmão de Cláudio Castro é alvo de operação que investiga fraudes em contratos

Vinícius Sarciá Rocha é presidente do Conselho de Administração da Agência estadual de Fomento (Agerio)

Polícia Federal - José Cruz/Agência Brasil

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira, a Operação Sétimo Mandamento. Um dos alvos é o irmão do governador do Rio, Cláudio Castro, Vinícius Sarciá Rocha, de acordo com o g1. A ação tem o objetivo de investigar os crimes de organização criminosa, peculato, corrupção e lavagem de dinheiro, que teriam sido praticados na execução dos projetos Novo Olhar, Rio Cidadão, Agente Social e Qualimóvel. As fraudes teriam ocorrido entre os anos 2017 e 2020, nos governos de Luiz Fernando Pezão e Wilson Witzel. Na época Cláudio Castro, que não é alvo da ação, era vice de Witzel.

A PF afirma que foram identificados pagamentos de vantagens ilícitas variáveis entre 5% e 25% dos valores dos contratos na área de assistência social, que totalizam mais de R$ 70 milhões. As investigações seguem em sigilo.

Segundo o g1, além de Sarciá, que é presidente do Conselho de Administração da Agência estadual de Fomento (Agerio), também são alvos de buscas Astrid de Souza Brasil Nunes, subsecretária de Integração Sociogovernamental e de Projetos Especiais da Secretaria estadual de Governo, e Allan Borges Nogueira, gestor de Governança Socioambiental da Cedae.

De acordo com as investigações, a organização criminosa se infiltrou nos setores públicos assistenciais sociais do Estado do Rio. A PF afirmou que o grupo fraudou licitações e contratos administrativos, desviou verbas públicas e pagou de propina aos envolvidos nos esquemas criminosos.

Ainda segundo a PF, o grupo obteve vantagens econômicas e políticas indevidas, pois procurou direcionar a execução dos projetos sociais para seus redutos eleitorais, aproveitando-se também da população mais necessitada.

Estão sendo cumpridos três mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), no município do Rio. Policiais federais cumprem ainda sete medidas de afastamento de sigilo bancário e fiscal e seis medidas de afastamento de sigilo telemático.