Mulher de 49 anos precisa retirar todo o nariz após meses sentindo cheiros estranhos; entenda
Lisa Mercer começou a ter sintomas como: nariz entupido, dor de cabeça e olhos lacrimejando até começar os sangramentos e metade de seu rosto ficar dormente
Em janeiro de 2021, a britânica Lisa Mercer, 49, sentia que seu nariz ficava entupido com muita facilidade além de sentir fortes dores. Durante uma consulta online com um médico, ela foi diagnosticada com sinusite e recebeu a indicação de um spray nasal que poderia resolver o problema, porém, esse foi apenas o começo de uma saga de dois anos que resultou em um câncer agressivo no nariz.
Quando o spray não funcionou, Lisa conseguiu encontrar o profissional de saúde presencialmente, e recebeu receita para tentar outro remédio. Porém, o segundo também não deu certo. “Comecei a sentir o nariz entupido, dor de cabeça e olhos lacrimejando o tempo todo. Depois começou a ter sangramentos esporádicos e metade do meu rosto ficou completamente dormente”, lembra a mulher em entrevista ao jornal The Sun.
Em maio de 2021, Mercer procurou outro médico que a diagnosticou com uma infecção na ponta do nariz. Ela recebeu outro remédio, que também não funcionou. Ela então começou a sentir cheiros estranhos durante a maior parte do dia e disse que sentia como se tivesse um buraco dentro do nariz dela.
“Eu conseguia sentir um caroço e tinha o cheiro ruim, como de cocô. Nesse ponto, eu já estava convencida de que estava com câncer”, conta. O nariz da mulher passou a mudar de formato, caindo para a direita, com inchaço e vermelhidão.
Depois de meses tentando marcar uma consulta presencial, ela finalmente foi diagnosticada como tendo um buraco no septo e, depois de uma ressonância e biopsia, foi confirmado o câncer no sino paranasal e base do crânio em estágio três.
Ela passou por duas cirurgias para retirar o tumor, mas nenhuma das duas teve sucesso. Por isso, os médicos decidiram retirar o nariz inteiro em uma cirurgia que demorou cerca de oito horas. A britânica passou ainda por 30 sessões de radioterapia.
Recentemente, ela recebeu a notícia de que não há mais células cancerígenas em seu corpo, mas ela usa uma prótese magnética que precisa ser limpa três vezes ao dia e precisa ser trocada a cada dois anos.
“Estou feliz de estar viva, mas acho que desenvolvi síndrome de estresse pós-traumático por toda a experiência. Quando me vi pela primeira vez sem o nariz, foi assustador. Demorou muito tempo para que eu me acostumasse”, afirma.
Hoje, ela incentiva outras pessoas com sintomas semelhantes aos dela a pressionarem por encaminhamentos hospitalares mais completos. Mercer diz que os hospitais precisam de mais recursos para tratar pessoas com câncer
“Eu gostaria de ter pressionado mais [meu encaminhamento e diagnóstico] porque talvez eu ainda tivesse nariz e não teria esse medo do câncer voltar pairando sobre minha cabeça. Sinto que não recebi muita ajuda”, diz.