Lira reclama de "membro do Palácio" que "vazou" rompimento dele com Haddad: "Fake news"
Situação "não ajuda no relacionamento" com o governo, afirma o presidente da Câmara
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) reclamou de um “membro” do Palácio do Planalto, sem citar nomes, que vazou um suposto rompimento da relação entre o deputado federal e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Lira afirmou que membros do governo “ficam vazando mentiras”.
— Essa narrativa de membros e interlocutores do governo, que ficam vazando mentiras, fake news, informações falsas tentando fazer com que os poderes se atritem, isso não vai acontecer.
Segundo Lira, a situação “não ajuda no relacionamento” do governo federal.
— Tinha um determinado membro do Palácio essa semana vazando informação falando que eu estava rompido com o Haddad porque o Haddad não cumpre acordo, quando eu estava falando com o Haddad — disse Lira em entrevista à Globonews nesta quinta-feira — Então esse tipo de coisa,de situação, não ajuda no relacionamento — completou.
Lira disse que “membros e interlocutores” do governo de Luiz Inácio Lula da Silva tentam criar atritos na relação do governo com os demais poderes da República. No entanto, garantiu que os episódios não afetarão as tratativas do governo com a Câmara.
Questionado se havia se queixado do episódio ao presidente, o parlamentar disse que não conversa sobre a nomeação de ministros com Lula.
— Eu não faço isso diretamente, a política faz isso seletivamente. Você faz o cargo que você ocupa e o desempenho do cargo que você ocupa vai medir se você permanece, se você fica, se você tem credibilidade, se você tem respeito, se você não tem, se você exerce as suas atribuições de maneira adequada. Nunca tive conversa com o presidente Lula sobre dois aspectos, nem nomeação de ministro, nem sobre emendas parlamentares.
As declarações aconteceram um dia após a promulgação da Reforma Tributária, nesta quarta-feira. A mudança ocorreu após quase quatro décadas de discussões sobre novos modelos tributários. O desentrave do impasse que dura desde a redemocratização aconteceu após uma série de negociações entre Câmara dos Deputados e Senado Federal, e a participação do Ministério da Fazenda, comandado por Haddad.