Pressionado pelo Congresso, Padilha exalta projetos aprovados e minimiza insatisfação
Ministro das Relações Institucionais chamou de "fofocas" noticias sobre descontentamento por parte de parlamentares
Alvo de insatisfação por parte de lideranças do Congresso, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, exaltou nesta sexta-feira o desempenho do governo na aprovação de projetos ao longo do primeiro ano do novo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
— O ano legislativo acaba com toda a agenda central definida pelo governo aprovada integralmente — disse o ministro, que destacou os projetos da área econômica e de recriação de programa sociais.
Padilha também minimizou eventuais problemas em sua relação com os parlamentares.
— Em primeiro, eu não comento aquilo que não é dito diretamente a mim ou ao presidente Lula, ou em on. Eu não vou entrar em comentários de matérias em off, de fofocas que são feitas pela imprensa. Eu tenho uma relação de profundo respeito com todos os deputados e senadores, em especial com os presidentes das duas Casas, respeito institucional. Com os líderes, diálogo permanentemente.
O ministro afirmou estar feliz no cargo e lembrou que já teve uma passagem pela pasta no segundo mandato de Lula. Repetiu que para ocupar o posto precisa deixar o fígado na geladeira.
— Igual os jovens falam na internet, a terapia está em dia
Padilha destacou que o primeiro ano do governo Lula tem a maior taxa de aprovação de projetos desde a redemocratização. Segundo suas contas, 37% das propostas enviadas foram aprovadas, enquanto no primeiro ano de Jair Bolsonaro, em 2019, foram apenas 6%.
Ainda de acordo com Padilha, das 48 medidas provisórias mandadas para o Congresso, o conteúdo de 46 foi aprovado (algumas foram transformadas em projeto de lei). Só duas não passaram.
— Estão terminando com dados numéricos que mostram que estamos reiniciando no país um presidencialismo de coalizão. Estamos saindo de um presidencialismo de delegação feito pelo governo anterior
Indagado se os parlamentares colocaram a faca no pescoço do governo, Padilha disse que foi a gestão Lula que pautou o debate político.
Em relação ao Fundo Eleitoral de R$ 4,9 bilhões aprovado no orçamento, Padilha enfatizou que na proposta original do governo estavam previstos R$ 900 milhões.
— Não só esse ponto, mas todo o orçamento, nós vamos analisar em detalhes. Vamos analisar ponto a ponto.