Suprema Corte dos EUA rejeita análise imediata de "imunidade absoluta" de Trump
Suprema Corte negou o pedido sem fornecer nenhuma explicação para a sua decisão
A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu, nesta sexta-feira (22), a análise imediata da questão da imunidade judicial do ex-presidente Donald Trump, uma decisão que pode atrasar seu julgamento por interferência nas eleições de 2020.
O procurador-especial Jack Smith havia solicitado à Suprema Corte, de maioria conservadora, que examinasse o caso de imunidade de forma expedita, sem passar pelo corte federal de apelações.
A Suprema Corte negou o pedido sem fornecer nenhuma explicação para a sua decisão.
A juíza federal Tanya Chutkan, que presidirá o julgamento contra Trump previsto para março para conspirar para anular os resultados das eleições de 2020, rejeitou o pedido de imunidade do ex-presidente em 1º de dezembro.
Os advogados da magnata apelaram da decisão para um tribunal federal de apelações, e Smith então pediu à Suprema Corte que interviesse.
Com a recusa do tribunal ao pedido de Smith, o tribunal de apelações assumirá o caso, o que poderá atrasar o julgamento de Trump por essa causa.
O tribunal de apelações agendou o início das audiências para 9 de janeiro.
A defesa de Trump tem buscado incessantemente adiar esse julgamento para depois das eleições de novembro de 2024, argumentando que o ex-presidente desfruta de “imunidade absoluta” e não pode ser processado por decisões enquanto estava na Casa Branca.
Trump, de 77 anos e favorito para a indicação republicana, foi acusado em agosto de tentar alterar os resultados das eleições de novembro de 2020, vencidas pelo democrata Joe Biden, em um esforço coordenado que levou à insurreição de seus apoiadores em 6 de janeiro de 2021 contra o Capitólio.