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Irã nega acusação dos EUA sobre ataque contra navio na costa da Índia

Um navio-tanque que pertence a uma empresa japonesa foi atingido por um drone no sábado perto da costa indiana

Navio americano interceptou mísseis disparados do Iêmen, segundo o Pentágono - Divulgação/

O governo do Irã rebateu, nesta segunda-feira (25), a acusação dos Estados Unidos de que o drone que atingiu um navio perto da costa da Índia durante o fim de semana foi lançado do território iraniano.

Um navio-tanque que pertence a uma empresa japonesa foi atingido por um drone no sábado perto da costa indiana, depois que os rebeldes huthis do Iêmen reivindicaram vários ataques contra navios comerciais no Mar Vermelho.

Os huthis, apoiados pelo Irã, afirmam que os ataques atingiram navios vinculados a interesses de Israel e são uma demonstração de apoio aos palestinos de Gaza, onde o Exército israelense efetua uma ofensiva contra o grupo islamista Hamas.

O Pentágono afirmou que o navio japonês foi atingido por um drone lançado do Irã.

"Estas afirmações são totalmente inadmissíveis e não têm valor", declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Naser Kanani, ao ser questionado sobre as acusações de Washington.

"Este tipo de afirmação tem o objetivo de distrair a opinião pública e acobertar o apoio total do governo americano aos crimes do regime sionista (Israel) em Gaza", acrescentou.

O conflito em Gaza começou há 80 dias, em 7 de outubro, quando o Hamas executou um ataque surpresa no sul de Israel que matou quase 1.140 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em dados divulgados pelas autoridades israelenses.

Os milicianos do movimento islamista também sequestraram 240 pessoas e 129 permanecem como reféns em Gaza, segundo o governo de Israel.

Em resposta, Israel prometeu "aniquilar" o Hamas e iniciou uma ofensiva terrestre e aérea que deixou mais de 20.400 mortos em Gaza, segundo o movimento islamista, que governa sozinho o território palestino desde 2007.

O Irã apoia o Hamas e celebrou o ataque de 7 de outubro como um "sucesso", pero negou qualquer envolvimento.