Natal no Recife

Baile do Menino Deus renova tradição em abertura um dia depois do previsto e ganha sessão extra

A expectativa da produção para esta segunda-feira (25) é ver a praça Rio Branco lotada por um público de 15 a 20 mil pessoas

Na imagem, o cantor e compositor Silvério Pessoa durante apresentação de ontem, no Baile. - Hans Manteuffel/Divulgação

Nem mesmo o clima chuvoso e o adiamento da estreia ofuscaram a 40ª edição do Baile do menino Deus, na praça do Marco Zero, no Bairro do Recife.

O domingo (24) acabou sendo a data de abertura do espetáculo, previsto para começar no dia anterior. A expectativa da produção para esta segunda-feira (25) é ver a praça Rio Branco lotada por um público de 15 a 20 mil pessoas, pelo menos.

O baile ainda ganhou uma sessão extra, às 20h desta terça-feira (26), em compensação pelo adiamento.

“A estreia ontem foi impactante. O espetáculo está cada vez mais lindo, falando na questão artística e na qualidade técnica também. Temos uma equipe de muitos profissionais talentosos por trás dessa história toda. São quase 300 pessoas trabalhando para que esse espetáculo aconteça. Então, é uma grande produção anual, que trabalhamos o ano todo para acontecer, e a gente fica muito feliz, porque o Baile do Menino Deus se tornou o grande espetáculo do Natal do Recife, de Pernambuco, e eu diria mais, o grande espetáculo do Natal do país”, afirmou à reportagem a diretora de produção do evento, Carla Valença.

A profissional explica que as novas cenas e participações desta edição deram um “tempero diferente” ao Baile. Entre os convidados de 2023 estão o Maestro Forró e o cantor paraibano Elon Barbosa. Mas Carla Valença não deixa de celebrar a equipe talentosa e engajada nos bastidores e em cena, além da própria história e do teatro.

“Mesmo a gente que produz há 20 anos esse espetáculo, sempre se emociona. Isso é a magia do teatro também, né? Cada ano, essa história é contada de uma maneira diferente”, contou.

O Baile do menino Deus conta a história do nascimento de Jesus com símbolos da cultura brasileira e, particularmente, da cultura nordestina.

Carla Valença ressalta as influências africana, indígena e ibérica no enredo, própria da misticidade da cultura brasileira.

A peça foi escrita por Assis Lima e Ronaldo Correia, que também comanda a exibição no Marco Zero.

O espetáculo é destinado para todas as idades e proporciona audiodescrição, libras, espaço para cadeirantes e mais de 2 mil cadeiras para quem quiser assistir sentado.

"Cada vez a gente quer mostrar essa história para o mundo", expressou a diretora de produção.