Pesadelo natalino

Diretora leva alunos às lágrimas revelando que Papai Noel não existe e revolta pais

A frase também causou revolta em alguns responsáveis, que prestigiavam as apresentações natalinas dos alunos

Crianças foram às lágrimas ao ouvirem da diretora que Papai Noel não existe - Anderson Souza/ Prefeitura de Gravatá

Em uma escola no norte da Itália, a magia do Natal deu lugar ao pesadelo. A diretora Milena Meggiorin, do colégio católico San Giuseppe, a 60 km de Veneza, levou os alunos do primário às lágrimas, após dizer que o Papai Noel não existe. A frase também causou revolta em alguns responsáveis, que prestigiavam as apresentações natalinas dos alunos.

Meggiorin, citada pela agência de notícias Ansa, discursava sobre o Natal e a importância sobre ajudar o próximo, paz e sonhos, quando, ao lembrar de uma escola em Florença, que teria dito às crianças que o bom velhinho não existe, emendou a frase:

"Chegará o momento em que nossas crianças perceberão os sinais de que o Papai Noel não existe, ou descobrirão o papai e a mamãe colocando os presentes. Isso faz parte de algo que está mudando dentro deles. Cada criança é diferente e, até que estejam prontas para descobrir a verdade, irão ignorá-la".

Nesse momento, algumas crianças, que deveriam ter entre 5 e 11 anos, começaram a chorar. O choque nos filhos provocou uma reação negativa dos pais. Uma mãe, que não foi identificada, afirmou que os responsáveis "entenderam que a intenção da diretora não era causar um mal-entendido".

"Mas, talvez tivesse sido melhor se a mensagem fosse destinada somente aos pais", afirmou a mulher, citada pela Ansa.

A diretora se desculpou, alegando que a ideia era reforçar a importância do "pensamento mágico". Meggiorin explica que a escola, assim como outras da província, recebeu uma carta da Secretaria de Educação contando do episódio similar, e anterior, que aconteceu em uma escola em Florença.

"Decidi explorar a mensagem para reiterar a importância do pensamento mágico", explicou a diretora, em entrevista ao Jornal de Vicenza e citada pela Ansa, desculpando-se em seguida: "Lamento ter desencadeado a fúria de alguns pais. Não havia qualquer má intenção nas minhas palavras, pelo contrário, era importante para nós esclarecer o valor do Papai Noel como figura religiosa, uma vez que somos uma escola católica de inspiração cristã.