BRASÍLIA

"Eventuais manifestações estarão sob controle", diz secretário de Segurança do DF sobre 8 de janeiro

Reunião entre o governo do DFe e os órgãos federais para tratar sobre a segurança do evento ocorreu nesta terça-feira

o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli - Isaac Amorim/MJSP

O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar, afirmou que eventuais manifestações no próximo dia 8 de janeiro — quando se completa um ano dos ataques golpistas em Brasília — estarão sob controle e negou a existência de qualquer sinal preocupante até o momento.

A declaração ocorre a menos de duas semanas da realização de um evento na capital federal que vai marcar o período transcorrido desde que extremistas depredaram o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional.

— Já temos nos reunido para organizar a segurança do dia 8 com bastante antecedência (...) Estamos certos de que estará bem organizado e eventuais manifestações estarão sob controle — afirmou Avelar ao jornal Folha de S. Paulo.

A primeira reunião entre o governo do DF e os órgãos federais para tratar sobre a segurança do evento ocorreu na manhã desta terça-feira. O STF já condenou 25 pessoas por participação nos atos de janeiro de 2023, com penas que vão a até 17 anos de prisão.

Segundo o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Capelli, o governo organiza uma operação com monitoramento diário para investigar a eventual chegada de manifestantes antidemocráticos para o 8 de janeiro. O número dois da pasta disse, porém, que não há nenhuma informação concreta sobre “atos agressivos”.

— Manifestações políticas são bem-vindas e fazem bem à democracia, mas por precaução nós já estamos preparando uma operação de segurança exemplar, porque vamos ter os presidentes dos Três Poderes constituídos e governadores — afirmou Cappelli em entrevista à Globo News, referindo-se à solenidade prevista para a data.

Capelli aponta que o objetivo da cerimônia deste ano é de celebração democrática, “para festejar o fortalecimento da democracia brasileira após aqueles atos inaceitáveis”. A data terá um sistema de “monitoramento compartilhado” e contará com a presença dos presidentes dos Três Poderes e de governadores.

— O monitoramento é diário e compartilhado, com PF (Polícia Federal), Secretaria Nacional de Justiça, PRF (Polícia Rodoviária Federal) e ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). A mudança é que hoje nós temos um secretário (de Segurança Pública do Distrito Federal) que é delegado respeitado e que trabalha em absoluta cooperação. Não temos mais um secretário de Segurança Pública do DF ligado diretamente com o golpismo — declarou Cappelli, lembrando as acusações contra Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro que passou cerca de quatro meses atrás das grades por suspeita de conivência com os ataques.