Futebol

Fisiologista explica expectativa por chegada de Leandro Barcia ao Náutico

Dos reforços contratados pelo Timbu, atleta é o único que ainda não iniciou os trabalhos com o grupo; previsão de chegada é dia 3 de janeiro

Bruno Simões, fisiologista do Náutico - Gabriel França/CNC

Da lista dos 20 jogadores do Náutico contratados para a temporada 2024, somente um ainda não está no Recife. No aguardo do encerramento do vínculo com o Defensor Sporting, o atacante Leandro Barcia só deve iniciar os trabalhos com os novos companheiros do Timbu na próxima semana. Vinda que gera expectativa na torcida e também no departamento de fisiologia, que terá um cuidado especial para colocar o atleta no mesmo ritmo das demais peças.

“A nossa expectativa é que no dia 2 de janeiro os atletas já estejam à disposição para fazer os trabalhos físicos, exceto Leandro Barcia, que está para chegar no dia 3. A gente vai entender como está a questão dele em relação às valências físicas e programar a semana de treino para entregá-lo ao restante do elenco. Como ele estava jogando, suponho que vai ser um tempo menor de preparação, não precisando de uma pré-temporada completa. Ele fez 22 jogos no ano e já tem um lastro bom”, afirmou o fisiologista do clube, Bruno Simões. 

O fisiologista também ressaltou um cuidado especial com alguns atletas que chegaram nos últimos dias e que tiveram um número menor de treinos em relação aos demais companheiros. Casos do volante Marcos Júnior e dos atacantes Danrlei, Júlio César e Ray Vanegas,

“A gente avalia os atletas na perspectiva de força, potência, resistência, velocidade, percentual de gordura e depois recolhe as informações para planejar o treino. Esses quatro atletas chegaram depois e um ou outro estava um pouco abaixo do que a gente entendia que era o ideal. São atletas que fizeram dez sessões de treinos separados, mas já foram integrados ao grande grupo, com exceção de Júlio, que vai passar mais uma semana conosco porque entendemos que ele não teve uma boa minutagem em 2023”, apontou. 

De maneira didática, Simões avaliou como foi o papel da fisiologia nas primeiras duas semanas de trabalho na pré-temporada, visando a estreia oficial, marcada para o dia 14 de janeiro, nos Aflitos, contra o Salgueiro, pelo Campeonato Pernambucano. 

“A fisiologia trabalha em cima de três pilares básicos. O primeiro é a avaliação. Os atletas passam por uma bateria de avaliações em cima do que vão ‘performar’ em campo. Força, resistência, velocidade e percentual de gordura para ver o perfil do atleta. No segundo momento, trabalhamos com o monitoramento do treino para saber se atingimos o objetivo da sessão. Temos um GPS para saber quanto o atleta correu, sendo em alta intensidade, com os sprints e mudança de direção. O terceiro é a execução e adaptação do planejamento ao longo das semanas, vendo se a carga foi atingida, para que todos os atletas tenham a mesma qualidade para executar a performance dentro de campo”, declarou. 

“Há também a prevenção de lesões. Organizamos programas de treinos para o atleta evitar alguns tipos de lesões como as não traumáticas (muscular, sobrecarga), além de otimizar os programas de recuperação”, finalizou.