Futebol

Náutico inicia execução da sentença que condena Consórcio Arena Pernambuco a pagar indenização

Consórcio foi intimado, no mês passado, a quitar o valor. Os custos da reforma dos Aflitos, realizada em 2018, também serão objeto de decisão final na arbitragem

Arena de Pernambuco - Divulgação/Rafael Aroeira/Arena de Pernambuco

O Náutico comunicou nesta quinta (28) que iniciou a execução da sentença parcial arbitral transitada em julgado que condenou o Consórcio Arena Pernambuco ao pagamento de indenização ao clube alvirrubro, provocada pela quebra unilateral de contrato, em 2016 – hoje o estádio está sob a gerência do Governo do Estado. Em nota, o Timbu comunicou que aguarda receber o valor para ajudar no processo de Recuperação Judicial.

“O Consórcio Arena Pernambuco foi intimado, no mês passado, a fazer o referido pagamento. Os custos da reforma dos Aflitos, realizada em 2018, também foram apurados em perícia e serão objeto de decisão final na arbitragem.O valor a ser recebido, inclusive, é uma das garantias da Recuperação Judicial do Clube Náutico Capibaribe. A outra garantia da RJ é oriunda do acordo selado entre o Náutico e o Grupo Mateus”, informou o clube, em nota.

Entenda 

O Náutico e o Consórcio firmaram uma parceria em outubro de 2011 para que os pernambucanos mandassem seus jogos na Arena de Pernambuco por 30 anos a partir de julho de 2013. De início, ficou acordado que o Timbu receberia um aporte mensal de R$ 350 mil – ou R$ 500 mil se estivesse na Série A. Em 2016, a empresa rescindiu o contrato e, segundo os alvirrubros, deixou de pagar o que devia ao clube desde agosto de 2015.

Na ação, o Náutico cobra mais de R$ 14 milhões pela quebra unilateral do acordo com o consórcio que administrava a Arena, já que o vínculo inicial deveria ser finalizado em 2043. Também é citada uma interrupção da negociação entre o clube e o Grupo Iguatemi sobre a construção de um projeto imobiliário nos Aflitos.

Em 2018, o imbróglio jurídico ganhou mais um capítulo. A ação movida pelo clube por quebra unilateral de contrato por parte da empreiteira foi definida para ter arbitragem pernambucana. A decisão acatou um desejo dos alvirrubros de ter um árbitro do estado para mediar a situação e não um profissional de outra região, como era solicitado pela empresa.

Para receber o valor indenizatório, o clube solicitou o bloqueio de parte do valor pago pelo Governo de Pernambuco à Arena Pernambuco Negócios e Participações.