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Biden pede que Congresso dos EUA aja 'sem mais demora' após bombardeios russos na Ucrânia

O último bombardeio russo contra a Ucrânia, que incluiu o uso de 158 mísseis e drones de ataque, foi o maior ataque aéreo contra a Ucrânia desde o início desta guerra

Bombeiros em meio a destroços após ataque russo na cidade de Odessa, na Ucrânia - Oleksander Gimanov/AFP

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, exigiu, nesta sexta-feira (29), que o Congresso supere suas divisões e "aja sem mais demora" para aprovar o envio de ajuda à Ucrânia, diante dos maciços ataques aéreos russos que demonstram a intenção de "destruir" seu vizinho.

"A menos que o Congresso tome medidas urgentes no novo ano, não poderemos continuar enviando as armas e sistemas vitais de defesa aérea de que a Ucrânia precisa para proteger seu povo. O Congresso deve dar um passo à frente e agir sem mais demora", afirmou Biden, citado em um comunicado da Casa Branca.

O último bombardeio russo contra a Ucrânia (que segundo Kiev incluiu o uso de 158 mísseis e drones de ataque) foi o "maior ataque aéreo contra a Ucrânia desde o início desta guerra", reconheceu o presidente americano, classificando a ofensiva como um "ataque brutal" que contava com mísseis de capacidades hipersônicas.

"É um forte lembrete ao mundo de que, quase dois anos após o início desta guerra devastadora, o objetivo (do presidente russo Vladimir) Putin permanece inalterado. Ele quer destruir a Ucrânia e subjugar seu povo. Ele deve ser detido", justificou.

Para Biden, o que está em jogo inclui o futuro da Otan e a segurança da Europa e dos Estados Unidos.

"Quando se permite que ditadores e autocratas pisem na Europa, aumenta-se o risco de que os Estados Unidos sejam diretamente arrastados", analisou.

O Partido Republicano no Congresso está bloqueando a renovação da ajuda militar dos EUA à Ucrânia.

Na quarta-feira (27), foi anunciada uma remessa final de fundos previamente aprovada, no valor de cerca de US$ 250 milhões (R$ 1,2 bilhão na cotação atual). Sem ação por parte do Legislativo, o futuro da ajuda americana está agora em dúvida.