CARNAVAL

"Vai ajudar muito a diminuir o número de roubos", diz representante dos blocos de carnaval do Rio

Intenção da Polícia Militar é estender o uso do sistema para os locais onde haverá desfiles de blocos

Carnaval - Agência Brasil/Tomaz Silva

O monitoramento por câmeras com capacidade de reconhecimento facial utilizado no réveillon e considerado um sucesso pelas autoridades da área da segurança pública vai ser implantado também no entorno do Sambódromo, durante o carnaval. A intenção da Polícia Militar é estender o uso do sistema para os locais onde haverá desfiles de blocos, como a Avenida Presidente Antônio Carlos, no Centro. O anúncio foi feito na manhã desta terça-feira, durante coletiva para divulgação do balanço do esquema de segurança na virada de ano no Rio de Janeiro. Para Rita Fernandes, presidente da Sebastiana, associação que representa os principais blocos do Rio, a tecnologia irá ajudar a diminuir os índices de violência nos blocos.

"Essas câmeras vão ajudar muito a diminuir o número de roubos e desses crimes ligados a momentos de muita aglomeração. É claro que quando se aumenta a segurança os criminosos dão uma recuada. O carnaval é uma época de muita gente na rua, principalmente nos pontos turísticos da cidade, então todo cuidado é necessário" afirma Rita Fernandes.

O sistema de videomonitoramento por câmeras de identificação facial que já está implantado em Copacabana, Arpoador e Barra da Tijuca será levado também para toda a orla, do Leme a Guaratiba, além de túneis e vias expressas como Linha Amarela e Linha Vermelha. A previsão é de que isso ocorra até o final do primeiro semestre.

Falta de autorização
A poucos dias do Carnaval 2024, os blocos de rua ainda enfrentam um impasse: a autorização para desfilarem pela cidade. Segundo Rita Fernandes, a Riotur e o Corpo de Bombeiros ainda não emitiram um parecer. Os primeiros desfiles já começam no dia 27 de janeiro.

"Nós começamos a enviar os documentos aos órgãos públicos em setembro, mas a Riotur e os bombeiros começaram a fazer uma série de exigências impossíveis. A gente voltou para a mesma situação de outros anos. Por exemplo, nos pediram um desenho feito por um arquiteto que mostre todas as ruas por onde os blocos vão passar. Além disso, pediram coisas que não se adaptam aos desfiles de rua. A gente depende desse planejamento da Riotur e dos bombeiros para termos os postos médicos em números suficientes, ambulâncias, maqueiros, etc. Só que precisamos que isso seja feito em tempo hábil. Os blocos já começam no dia 27. No máximo, a gente pode esperar é até o dia 19 de janeiro para uma autorização porque depois disso fica complicado" diz Rita Fernandes.