GUERRA ISRAEL-HAMAS

Número 2 do Hamas foi morto por mísseis disparados de avião israelense

Saleh Al Aruri e outros seis líderes do Hamas morreram em um ataque atribuído a Israel, que teve como alvo os escritórios do grupo islamista na terça-feira (2)

Alto líder do Hamas, Saleh al-Arouri foi assassinado em Beirute - Reprodução

Um alto funcionário da Segurança no Líbano declarou à AFP, nesta quarta-feira (3), que o número dois do movimento islamista palestino Hamas havia sido alvo de “mísseis guiados” disparados de um caça israelense sobre os subúrbios do sul de Beirute.

Saleh Al Aruri e outros seis líderes do Hamas morreram em um ataque atribuído a Israel, que teve como alvo os escritórios do grupo islamista na terça-feira à noite no reduto do Hezbollah pró-iraniano.

A agência de notícias libanesa oficial Ani informou na terça que o ataque, direcionado aos arredores da capital do país pela primeira vez desde o início da guerra na Faixa de Gaza, havia sido realizado por um drone.

O funcionário de Segurança, que conhece as investigações preliminares e pediu anonimato, explicou que o número dois do Hamas foi executado “não por um drone, mas sim por mísseis guiados lançados de um avião caça israelense”.

Ele citou o caráter altamente “preciso” do ataque e o peso considerável dos mísseis, que tinham cerca de “100 quilos” cada um.

O exército israelense ainda não reivindicou a autoria do ataque, mas afirmou nesta quarta que estava preparado para “qualquer cenário”.

Entre os seis mísseis disparados, quatro explodiram, segundo o funcionário, dois deles destruindo dois andares antes de atingirem diretamente a sala de reuniões dos dirigentes do Hamas.

O exército libanês comprovou que os restos dos mísseis coincidem com aqueles disparados por Israel contra o sul do Líbano, acrescentou.

Desde o início da guerra entre Israel e Hamas em Gaza, em 7 de outubro, o Hezbollah, que diz apoiar o movimento islamista palestino, troca tiros diariamente com Israel na fronteira entre o Líbano e Israel.

Mais de 165 pessoas morreram no Líbano, a maioria combatentes do Hezbollah, mas também mais de 20 civis, entre eles três jornalistas, de acordo com uma contagem da AFP.

No norte de Israel, morreram nove soldados e cinco civis, segundo as autoridades.