Futebol

Copa do Nordeste pode dar fôlego financeiro ao Náutico em 2024

Sem Copa do Brasil e longe das duas principais divisões nacionais, Timbu pode engordar os cofres em caso de bom desempenho no Regional

Taça da Copa do Nordeste - Foto: Thais Magalhães/CBF

Em todo primeiro semestre de temporada, a Copa do Nordeste se firma como principal competição para ajudar os clubes da região a faturar verbas importantes para o investimento no futebol. Em 2024, as cotas provenientes do torneio serão ainda mais cruciais para o Náutico. Isso porque, neste ano, o Timbu não estará presente na Copa do Brasil, mata-mata nacional que também costuma encher os cofres em caso de bom desempenho. 

Meta é começar com R$ 2,5 milhões

O Náutico entrou diretamente na fase de grupos do Nordestão. A dúvida é se o clube ficará no segundo ou no terceiro bloco das divisões de verbas. Se ficar logo abaixo do grupo 1, que tem Sport, Ceará, Fortaleza e Bahia (que receberão R$ 3,350 milhões cada), o Náutico reembolsará R$ 2,5 milhões. Isso acontecerá se CSA e Sampaio Corrêa não avançarem na etapa preliminar. Na primeira eliminatória, os alagoanos encaram o Iguatu-CE, em Maceió, enquanto os maranhenses pegam o Potiguar-RN, em São Luís.

Caso CSA e Sampaio Corrêa avancem para a fase de grupos, o Náutico ficará no terceiro bloco, recebendo R$ 1,9 milhão. A “queda” na arrecadação aconteceria porque tanto alagoanos quanto maranhenses estão em posição acima no ranking de clubes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O Timbu é o 38º, enquanto o Azulão está em 31º e a Bolívia Querida ocupa a 33ª colocação.

Além da verba para disputar a Copa do Nordeste, o Náutico pode receber ainda mais em caso de classificação ao mata-mata. O avanço às quartas de final, por exemplo, renderia R$ 524 mil. Se chegar até as semifinais, leva mais R$ 733 mil. O campeão fatura R$ 2,094 milhões, enquanto o vice ganha R$ 1,360 milhão.

O Náutico nunca venceu a Copa do Nordeste, chegando ao máximo em quatro semifinais no passado. Na edição 2023, o clube caiu nas quartas de final para o ABC. 

SAF pode ajudar 

Além das verbas na Copa do Nordeste, o Náutico também aposta na mudança do modelo de gestão para mudar de patamar financeiro em 2024. Recentemente, o clube recebeu uma proposta de aproximadamente R$ 1 bilhão em investimentos por 90% das ações do Alvirrubro. Com a SAF, o Timbu se transformará em clube-empresa, tendo um "dono", responsável por injetar recursos.

Para a venda da SAF ser concretizada, será preciso que a proposta seja aprovada posteriormente no Conselho Deliberativo, com votação dos sócios. O projeto para transformar o Timbu em clube-empresa é da NewCo Group, especializada em consultoria estratégica e inteligência de mercado. As conversas tiveram participação ainda da consultoria Pluri/Bridge Sports Capital e do escritório de advocacia Cahu Beltrão.